Com a alta dos preços rede Dia tranca geladeira de carne com correntes e cadeados

É evidente que com os preços da carne, ela tem se tornado algo não tão mais presente no dia a dia do brasileiro. Diante disso, uma rede de supermercados no centro de São Paulo, bloqueou a abertura da geladeira com o uso de uma corrente com cadeado, e pôs um aviso aos clientes que deveriam solicitar aos funcionários.

De acordo com a loja, não houve a prática em outras unidades, e orientação da empresa é não limitar o acesso dos clientes às prateleiras.

Em nota, a rede de supermercado Dia diz que sempre preza a proximidade com o cliente.

“Desta forma, temos atuado para eliminar qualquer restrição ao acesso a produtos por nossos clientes em toda nossa rede. O bloqueio a gôndolas é uma prática adotada por alguns estabelecimentos do varejo, mas que está em desacordo com as diretrizes de negócio adotadas pelo Dia.”

De acordo com a empresa, a atitude tomada pela unidade da Rua Barão de Limeira, nos Campos Elíseos, não é algo recorrente do Dia “e, por isso mesmo, já foi prontamente regularizado”.

Essa prática era comum em casos de itens de grandes valores, como cigarros, e bebidas alcoólicas, com o intuito de diminuir os furtos, mas segundo a reportagem do jornal Folha de São Paulo, o aumento no valor da carne vem forçando medidas drásticas a serem aplicadas também em relação a segurança, desde o ano passado.

Um exemplo é a instalação de sensores à entrega de embalagens vazias, a fim de que o cliente somente retirasse a mercadoria mediante o pagamento.

Para o Procon-SP, a prática de elevar a segurança das carnes não é algo ilegal, contudo, pode transmitir uma imagem discriminatória ao ser aplicada em determinadas regiões.

Em 2021, a carne sofreu um aumento de 9,98%, enquanto proteínas que possuem um valor nutricional substituível – como aves e ovos– subiram 24,8%.

A inflação afeta diretamente o bolso de muitas famílias em todo o país. Em fevereiro, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerou a inflação oficial, 1,01%, 0,47 ponto percentual acima do registrado em janeiro (0,54%).

O maior impacto, de 0,31 ponto percentual, e a maior variação (5,61%) veio do setor de Educação, subsequente o setor alimentício (1,28%), que acelerou em relação a janeiro (1,11%) e contribuiu com 0,27. Os dois grupos representaram cerca de 57% do IPCA, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Inflação em 1 ano nos determinados tipos de carnes:

• Carnes (geral) – 8,61%
• Fígado – 15,42%
• Cupim – 8,07%
• Contrafilé – 14,18%
• Filé-mignon – 21,77%
• Alcatra – 12,28%
• Picanha – 11,97%
• Músculo – 11,46%
• Peito – 8,50%