Ações, Units e ETF's
Com estabilidade externa, Ibovespa avalia divulgação de indicadores nacionais
Inflação (IPCA-15), palestra de presidente do BC e definição sobre IR pautam quarta
Enquanto a estabilidade prevalece no cenário externo – com ligeiro viés de alta, turbinado pela reação súbita das commodities, com destaque para o minério de ferro, e suposto controle da covid na China – no país, o mercado deve enfrentar nessa quarta-feira (25) uma ‘saraivada’ de dados, como a divulgação do IPCA-15 de agosto, do resultado das transações correntes de julho, pela manhã, além do desempenho da arrecadação no mês passado, no final da manhã. Pela estimativa feita pela Refinitiv, o IPCA-15 deste mês deverá subir 0,82% ante o mês anterior, o que projeta uma 9,24%, se comparado a agosto de 2020.
Mercado regulado – Mas as ‘novidades’ não ficam por aí. No início da tarde, é a vez de o investidor saber sobre o fluxo cambial semanal e a trajetória da dívida pública em julho. Pelo ocaso dos negócios, às 16h, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto participa de palestra a respeito de regulação do sistema financeiro, seguido pelo secretário do Tesouro Nacional, presente ao evento internacional Expert XP, que se encerra amanhã (26).
Reforma do IR – Agendas à parte, no embate real, persiste a incerteza aqui quanto aos rumos da reforma do Imposto de Renda (IR), o mesmo valendo para a questão dos precatórios, já carimbada pela motivação eleitoreira de financiar o Auxílio Brasil, gêmeo do quase finado Auxílio Emergencial, nascido na pandemia. A trava do Congresso às pretensões palacianas, mais do que apenas um revés político para o presidente, sacrifica os investimentos de que o país tanto precisa para um desenvolvimento consistente.
Fidelidade ao chefe – Fiel ao discurso tecnocrático e aparentemente alheio ao desgaste político do chefe, o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto preferiu explorar a via da ‘melhoria dos indicadores fiscais’ do país e que o ‘perfil’ da dívida bruta é hoje “inegavelmente melhor do que há alguns meses, e não apenas devido ao impacto da inflação”.
Dívida trilionária – Atualmente, a dívida bruta brasileira, em torno de 84% do PIB, uma bagatela que supera os R$ 6 trilhões. Na verdade, a preocupação pontual de Campos Neto é com a escalada inflacionária, que embala o crescimento econômico e vice-versa. Certo mesmo é saber que crescimento econômico carreia votos, no próximo ano.
À procura da fórmula – Ao mesmo tempo, o aliado presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, adiantou que o governo não poderá abrir mão de arrecadação, em troca da aprovação da reforma do Imposto de Renda, acrescentando que, ‘nessa semana’, vai dedicar às negociações que definam uma ‘fórmula’ para que esta avance, assim como a PEC dos Precatórios, desde que não haja “rompimento do teto de gastos ou calote nos pagamentos”.
Compromisso com a agenda – Em sintonia com a batuta governista, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que aquela “Casa tem compromisso com a agenda econômica e que dará andamento à PEC dos Precatórios e à reforma tributária”, sem “subserviência às demandas do Ministério da Economia”, sem deixar claro o ‘recado’. Para o ano que vem, a conta dos precatórios chega a R$ 89,1 bilhões, dos quais R$ 15,6 bilhões são relativos ao Fundef devidos aos Estados da Bahia (R$ 8,8 bilhões), Pernambuco (R$ 4 bilhões), Ceará (R$ 2,7 bilhões) e Amazonas (R$ 219 milhões).
Sem dividendos – No plano político, a recondução de Augusto Aras, para novo mandato na Procuradoria-Geral da República não rendeu dividendos políticos ao presidente, uma vez que a nova aceitação se deve mais ao perfil profissional de sua gestão. Aras recebeu 21 votos a favor e 6 contra, em votação secreta.
Em queda – De acordo com o consórcio de veículos de imprensa, nessa quarta-feira (26), a média móvel de mortes por Covid em sete dias no Brasil ficou em 730, queda de 19% em comparação com o patamar de 14 dias antes.
Alta moderada – Na Europa, o índice Stoxx 600 – que reúne ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus – opera em alta de 0,15%, com destaque positivo para ações dos setores de viagem e lazer e negativo para o setor de serviços. Nos Estados Unidos, serão divulgados os pedidos de bens duráveis em julho (estimativa de queda de 0,3% pelo Refinitiv) e dos estoques de petróleo semanais, por parte da AIE, que aponta queda de 2,367 milhões de barris.
Shanghai sobe – Na Ásia, o índice Hang Seng, de Hong Kong, perdeu 0,13%; na China continental, o Shanghai composto subiu 0,74%; no Japão, o Nikkei fechou estável; na Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,27%.
Principais indicadores
Estados Unidos
*Dow Jones Futuro (EUA), +0,06%
*S&P 500 Futuro (EUA), +0,04%
*Nasdaq Futuro (EUA), +0,05%
Europa
*FTSE 100 (Reino Unido), +0,2%
*Dax (Alemanha), -0,13%
*CAC 40 (França), +0,18%
*FTSE MIB (Itália), -0,11%
Ásia
*Nikkei (Japão), -0,03% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,74% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), -0,13% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), +0,27% (fechado)
Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, +0,089%, a US$ 67,6 o barril
*Petróleo Brent, +0,17%, a US$ 71,16 o barril
*Bitcoin, -4,21%, a US$ 47.481,09
Sobre o minério: **Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa de Dalian com alta de 1,9%, cotados a 802,5 iuanes, equivalente hoje a US$ 123,94 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,47
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