Com exagero por Ucrânia, melhor para os grãos, em 2ª boa de risco em geral até aqui

Os comerciantes na bolsa de commodities de Chicago seguem exagerando a falta que poderá fazer o trigo e o milho da Ucrânia e abrem a semana fazendo disparar as cotações.

Nada além de apenas 9,8 milhões de toneladas para um e cerca de 19,2 milhões/t, para o outro, eram esperadas em embarques, em quebra de 20% e 30% respectivamente, mas só os bombardeios nos portos do país servem de combustível.

Como se, de fato, haveria algum frete disposto a escoar pelo Mar Negro, sem a Rússia habilitando a passagem dos navios e, ainda por cima, ameaçando explodi-los.

Se ignora a grande oferta brasileira da safrinha de milho, também a mesma boa produção americana, embora meio sofrida pela seca. O trigo é outro que terá boa oferta.

A soja vai junto nessa escalada de agora, com um certo toque do óleo derivado, também pela visão de que a oferta ucraniana de óleo de girassol desestabilizará o balanço de oferta, sob pressão altista de que em partes do cinturão produtivo dos Estados Unidos as chuvas foram parcas no final de semana.

Fica no radar dos preços o Departamento de Agricultura do país, o USDA, que nesta segunda (24) divulga os dados de exportações semanais de grãos.

Se for retratado que os embarques foram melhores na semana que passou, a aposta nas altas das cotações é vitoriosa.

Só que em outras telas dos mercados de risco, vê-se que há apetite. Os indicadores futuros de ações nos EUA sobem, como o S&P 500, e o dólar index (DXY) perdeu força desde mais cedo. O petróleo em Londres também é comprado.

Muito embora a semana americana vai ser algo tensa, com o Federal Reserve mexendo nos juros, prévia do PIB e inflação de gastos do consumidor.

Há fluidez dos recursos e todas os demais ativos agrícolas futuros avançam igualmente, com destaque para o café em Nova York (mais 1%).

As cotações às   (Brasília):

Soja – +2%, US$ 14,51, setembro

Trigo – +5,50%, US$ 7,36, setembro

Milho – _4%, US$ 5,49, setembro