Commodities
Com lucro histórico de R$ 183 bi, Petrobras distribuirá R$ 215,7 bi em dividendos
Decisão favorável ao pagamento dos proventos foi tomada, ontem (1º), pelo conselho de administração da petroleira
Ao apurar lucro recorde histórico de R$ 183 bilhões em 2022 (76,6% superior ao ano anterior), a Petrobras anunciou, na noite dessa quarta-feira (1º) que pretende distribuir dividendos no montante de R$ 215,7 bilhões aos seus acionistas, o que representa mais do que o dobro do que foi pago em 2021. Somente a título de comparação, a quantia total de dividendos equivaleria ao triplo do orçamento previsto para o programa Bolsa Família para este ano.
De acordo com a estatal, o desempenho excepcional do ano passado decorre, sobretudo, da valorização expressiva do petróleo e seus derivados no mercado internacional, por sua vez, em decorrência da guerra da Ucrânia.
Quanto à perspectiva de curto prazo, porém, as projeções apontam para valores mais reduzidos, no que toca à distribuição de dividendos pela companhia energética, o que aumenta a possibilidade de que o quarto trimestre de 2022 (4T22) seja o último a apresentar pagamentos tão altos de tais proventos, no atual governo.
Em contraste com a decisão do Planalto, no sentido de ‘barrar’ ou interromper a atual política de dividendos elevados pela Petrobras, o conselho de administração da petroleira decidiu “não frustrar” as expectativas do mercado financeiro, em linha com as diretrizes da gestão anterior. Em reunião, os conselheiros acertaram que serão feitos desembolsos de dividendos no valor de R$ 35,7 bilhões, relativos ao quarto trimestre, dos quais R$ 6,5 bilhões se destinam à formação da chamada ‘reserva estatutária’, para fins de investimentos, medida condicionada, porém, à aprovação pela próxima assembleia de acionistas, marcada para 27 de abril próximo.
Levando em conta que a União é acionista majoritária da petroleira, a avaliação do mercado é de que tal aprovação não deverá enfrentar dificuldades, embora predomine o entendimento de que o atual conselho de administração da companhia teria aberto um prazo para que o presidente Jean Paul Prates identifique investimentos rentáveis que ‘justificariam’ reter em caixa, os valores referentes a dividendos no futuro.
Pelo formato atual, a previsão é de que a Petrobras deva distribuir R$ 2,74573369 por ação preferencial e ordinária, por meio de dividendos relativos ao quarto trimestre de 2022. Levando em conta que a estatal detém hoje pouco mais de 13,044 bilhões de ações, esse total corresponderia aos R$ 35,7 bilhões a serem desembolsados a acionistas no 4T22.
Embora seja alvo de críticas pelo Executivo, é o próprio governo o maior beneficiário da distribuição de dividendos. Como este detém hoje 36,6% no capital da petroleira, deverá fazer jus a R$ 78,9 bilhões em dividendos referentes ao desempenho da estatal em todo o ano passado.

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