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Com petróleo nas alturas, Petrobras ( e a PETR4) já não pode esperar só do câmbio

Dificilmente a estatal escapa de ter suas margens prejudicadas sem que haja repasse das altas do petróleo

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A Petrobras está perdendo dinheiro, enquanto o petróleo escala acima de US$ 86 e não há repasse para os derivados. Os detentores das preferenciais PETR4, a ação mais negociada, também.

Na sexta recuou praticamente 3% (R$ 30).

Pior é que esses papéis é que dão prioridade à distribuição de dividendos aos acionistas.

E justamente o entusiasmo com a quase manutenção da generosa política de dividendos, que fez a Petrobras disparar 4,54% no dia 31 (R$ 31,11), foi perdido. O mercado acreditava que haveria mudanças drásticas.

Foi lembrado aqui nesse mesmo dia que o risco existia.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, como todo o governo, pisa em ovos com o assunto, temendo pelo revés na inflação, ainda mais que a gasolina cedeu pela quarta semana seguida nas bombas, segundo a ANP.

Em entrevista à Globonews, ontem, ele disse que se o barril do petróleo oscilar para cima, deverá haver aumento à gasolina e diesel.

Pode ter sido uma senha, porque já passou do limite de corrosão das margens da petroleira, com os US$ 86,15, mais 1,19%, de ontem. Ao final de julho, a defasagem com o preço internacional da gasolina já estava em 24%, de acordo com a Abicom, entidade dos importadores de combustíveis.

O câmbio deu um refresco para a estatal em julho, mas não se pode contar sempre com a queda do dólar, inclusive porque a seguir a alta da cotação na praça de Londres o fator cambial está sendo anulado.

Vale adicionar aqui que o payroll de julho indicou desaceleração gradual na geração de empregos dos Estados Unidos, fortalecendo a perspectiva de que as taxas de juros no país possam se acomodar ou até ceder no próximo encontro do Federal Reserve, em setembro.

Se outros fatores se juntarem positivamente, o óleo cru poderá manter a rota de alta na medida em que as projeções de demanda cresçam, com a economia americana menos contida pelos juros.

 

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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