Como a inflação afeta as pequenas empresas?

O Banco Central Europeu encontra-se “entre a espada e a parede, mas, por agora, parece prevalecer o discurso mais hawkish”. Isso se dá, uma vez que, de acordo com o estudo realizado pela Câmara de Comércio dos EUA, apontou que a inflação é a que vem ocasionando “dores de cabeça” nos donos de pequenas empresas.

Leia mais: eEventos agrícolas podem impulsionar economia

Nesse sentido, com a finalidade de deixar essa premissa “palpável”, o estudo demonstra que 67% das empresas pequenas tiveram que aumentar seu preços para sobreviver a alta da inflação, 41% precisou diminuir o quadro de funcionários e 39% já teve que recorrer a um empréstimo para manter os negócios.

Não obstante, de acordo com o analista da XTB, Nuno Mello, “embora seja provável que as próximas decisões de política monetária reais sejam tomadas na reunião de junho, ao invés de na próxima semana, os riscos estão inclinados para que o BCE decida acabar com o seu programa de compra de ativos (APP) já no final de junho”. Essa dinâmica, de fato, faz com que as taxas de juros aumentem mais cedo do que o esperado.

Além disso, Neil Bradley disse à Câmara de Comércio dos EUA, que, “tendo sobrevivido à pandemia, os pequenos empresários estão agora a ser atingidos pelo aumento da inflação. Este está a limitar o seu poder de compra e a forçar as pequenas empresas a aumentar os seus próprios preços e a absorver custos mais altos dentro de margens já reduzidas”.

Sem sombra de dúvidas, esse clima inflacionário configura-se como um grande desafio para as empresas de pequeno porte, limitando seu poder e força, uma vez que necessitam de um financiamento estável e contínuo.

Por fim, além das taxas dos bancos centrais aumentarem incidindo diretamente nos empréstimos, os preços dos materiais, mão-de-obra e combustíveis também estão aumentando e já afetam empresas de grande porte.