Conecte-se conosco

Agronegócio

Como previsto pelo mercado, redução de combustíveis não ‘chega às bombas’ dos postos

Pesquisa da ANP mostra que baixa da gasolina não passou de 0,5% e do diesel, de 1,9%

Publicado

em

Como previsto por analistas do mercado, ao longo desta semana, a redução do preço dos combustíveis, anunciada pela Petrobras na última quarta-feira (17) não se refletiu, necessariamente, na queda do valor dos derivados do petróleo para o consumidor, nas bombas dos postos de combustíveis.

A constatação decorre de pesquisa realizada, na semana até 20 de maio, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que observou um recuo de apenas 0,5% (3 centavos por litro) da gasolina, muito inferior à baixa de 12,6% do insumo vendido pela estatal às refinarias. Melhor performance, mas, ainda assim, distante da retração operada pela petroleira, foi apresentada pelo diesel, que caiu 1,9%, ante o corte de 12,8% do valor aplicado pela companhia.

Já o gás de cozinha, que contou com a baixa mais expressiva (21,6%), o reflexo no preço final foi mais pífio, de somente 0,1%, o correspondente a um preço médio de R$ 108,72. Nesse sentido, o botijão mais caro, segundo a pesquisa, estava valendo R$ 155, ao passo que o mais barato custava R$ 70.

O estudo da ANP mostrou, ainda, que o preço médio da gasolina nos postos estava custando R$ 5,46, ante um pico de R$ 7,30 e um piso de R$ 4,39. O diesel, por sua vez, foi cotado a R$ 5,46 o litro, com máxima de R$ 8,49. Já o etanol, não incluído no rol de baixas da estatal, apresentou recuo de 2,44%, mediante um preço médio de R$ 4,09 por litro.

Em contraponto às previsões da Petrobras, de que o preço médio final da gasolina ao consumidor baixaria até R$ 5,20 por litro, a ANP observou que este chegou a R$ 5,46, nesta semana.

Numa reedição cômica da figura demagógica dos ‘fiscais do Sarney’ – cujo governo aplicou o congelamento de preços, em período pré-eleitoral – o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, ameaçou, nessa quinta-feira (18) “com medidas de punição, postos de combustíveis que cobrem ‘valores abusivos’ nas bombas”.

“Quando a Petrobras anuncia aumento no preço, o repasse é imediato. Quanto à redução, a gente não vê o mesmo comportamento”, criticou Dino, ao acrescentar que “esperamos que isso aconteça espontaneamente. Se os postos não compreenderem a necessidade dessa adequação e tentarem transformar isso em margem de lucro, entram em cena os aparatos coercitivos,” disparou.

Para materializar a ameaça, o ministro previu que seja criado um mutirão, intitulado ‘Preço Justo’, marcado para 24 de maio próximo, com o objetivo de fazer com que os postos “se adaptem aos novos preços orientados por essa política nova da Petrobras”, justificou Dino.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

Publicidade

MAIS ACESSADAS