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Commodities

Compras de petróleo da China perdem ritmo com estoques grandes e cotas limitadas

Compras do país asiático podem despencar até 14,5% nos últimos três meses de 2020.

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A China reduziu as compras de petróleo após fortes aquisições conforme os estoques se tornaram crescentes e as cotas de importação restringiram as negociações.

Juntando-se à pressão exercida pelas cotações da commodity, mais fatores de enfraquecimento da demanda como novos lockdowns e um aumento nos casos de coronavírus na Europa e nos Estados Unidos atingiram o último trimestre de 2020.

Os chineses são os maiores importadores de petróleo bruto, e têm sido considerados um mercado vital para produtores do setor obrigados a despejar o excesso de oferta, com o preço caindo aos menores níveis em décadas durante o auge da pandemia.

“A recuperação da demanda chinesa tem sido muito, muito forte e se você remover parte desta força, isso geraria um impacto baixista no mercado (global de petróleo)”, afirmou o diretor e chefe de pesquisas de commodities no National Australia Bank (NAB), Lachlan Shaw.

Segundo dados alfandegários da China e da Agência Internacional de Energia (IEA), o país importou o volume recorde de  2,108 bilhões de barris no período, ou 12,8% da oferta mundial total.

A média do segundo trimestre foi de 11,36 milhões barris por dia (bpd), e no terceiro de 11,68 milhões de bpd, com as importações de abril a setembro disparando 16,5% frente igual período do ano passado, sustentando os preços em meio à crise econômica.

Mas as compras da China podem despencar em até 1,7 milhão de bpd (-14,5%) nos últimos três meses de 2020 sobre o terceiro trimestre, segundo o diretor associado da IHS Markit, Shi Fenglei.

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