Conab estima safra de grãos recorde, de 317 milhões de toneladas

Maior já produzida no país, a safra brasileira de grãos 2022/2023 deverá bater novo recorde, ao atingir 317 milhões de toneladas, o que representa crescimento de 16,5% (44,9 milhões de toneladas adicionais) em relação à edição anterior, apontam dados do 10º Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023, divulgados, nesta quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O avanço significativo da safra é reflexo do desempenho positivo, sobretudo, das lavouras de milho (segunda safra) e da área plantada de trigo, em decorrência das boas condições climáticas nas regiões de cultivo.

Ao comemorar o resultado, o presidente da Conab, Edegar Pretto assinalou que “é com muita alegria por poder passar para o nosso país os números tão expressivos e positivos da previsão de safra 2022/20223. A previsão que divulgamos agora não só consolida números tão positivos de uma safra recorde que o nosso país terá, mas também está prevendo mais um aumento”.

Na avaliação de Prettto, “a agricultura brasileira vem demonstrando sua força e potencial para alcançar números cada vez mais elevados, com investimentos constantes que permitem aumentos de produtividade”.

De acordo com o boletim divulgado pela companhia, no final do mês passado, as culturas da primeira safra – com exceção do milho – já haviam encerrado a colheita; às da segunda safra estariam em processo inicial de colheita, mediante a conclusão de estágios de enchimento de grãos e maturação. Já a terceira safra – que inclui as culturas de inverno – estaria na fase final de plantio para início de colheita. Desta forma, assinala a instituição, o volume final da colheita estaria condicionado ao comportamento climático.

No caso do milho, a previsão é de uma safra de 127,8 milhões de toneladas (incluindo as três safras da cultura), o corresponderia a um aumento de 12,9% ou 14,6 milhões de toneladas acima da safra anterior.

Principal produto cultivado no país, a soja, segundo o levantamento, deverá contar com uma produção recorde, estimada em 154,6 milhões de toneladas, o que significa avanço de 23,1% ou 29 milhões de toneladas além do que foi colhido no ciclo passado.

Em nota, a Conab assinala que “outras culturas [algodão, feijão e sorgo] seguiram o movimento de alta e apresentaram percentuais de aumento na produção. Já o arroz e alguns cultivos de inverno – aveia, centeio e trigo – apontam para redução no volume produzido em comparação com a safra anterior”.

No que se refere à área plantada, o levantamento estima que esta deverá chegar a 78,2 milhões de hectares, o equivalente a uma expansão de 4,9% ou um acréscimo de 3,7 milhões de hectares para a edição anterior, com destaque para a soja, com 2,6 milhões de hectares (6,2%); milho, com 576 mil hectares (2,7%) e o trigo, com 343,4 mil hectares (11,1%).