Concessionaria Light passa a ter novo administrador judicial

A Concessionaria Light (LIGT3) passou a ter um novo administrador judicial, conforme determinado pela justiça fluminense.

A companhia está em recuperação judicial e é uma distribuidora de energia elétrica. Agora, contará com auxílio de representante legal do Escritório Luciano Bandeira Advogados Associados.

O nomeado compareceu ao Cartório da 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro (RJ) e assinou o termo de compromisso do administrador judicial e deve atuar em conjunto com o administrador judicial anteriormente nomeado, da Licks Contadores Associados. Ambas as empresas prestarão assessoria jurídica especializada na condução do processo.

A empresa tem mais de R$ 11 bilhões em dívidas e, por ser uma companhia pública, tem sido constantemente pressionada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), visto que seus serviços são considerados de primeira necessidade.

A autarquia também se posicionou contrária ao pedido de RJ por parte da concessionária e pode penalizá-la deixando de fora de certames públicos de energia.

Ainda assim, uma mudança no conselho de administração deixou as tratativas com órgãos públicos e credores mais dinâmico e a expectativa é que a Light consiga, agora, avançar em demandas cruciais para a manutenção de suas operações.

A ação LIGT3 encerrou o dia 26 cotada a R$ 5,80.

Light (LIGT3): conflito com credores

Vale lembrar que duas semanas atrás um grupo de credores, incluindo fundos de investimento e debenturistas, protocolou um pedido junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que Eduardo Gotilla, diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, fosse investigado.

Os reclamantes afirmam que a companhia vem divulgando “afirmações falsas” sobre a atuação dos debenturistas ao afirmar que eles não cumpriram as regras para a realização de assembleias. Eles também solicitam a apuração do “descumprimento das condutas e obrigações relacionadas aos cargos de diretor financeiro e de relações com investidores”.