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Agronegócio

Confinamentos soltando o último lote de boi magro barato acendem luz amarela para novembro

Produtor tenta entender retrato do mercado, entre dados que mostram que a alta atingiu um certo limite

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Não está cristalizado se vai derrubar o mercado, mas os confinamentos estão bem cheios com boi para sair em novembro.

Quem vive entre o Norte e a Alta Noroeste de São Paulo, que reúne várias empresas – entre boitéis e independentes -, está vendo uma possibilidade de pressão vir pela frente.

Caso de Juca Alves, de Barretos, que viu muito boi magro sendo comprado na faixa de agosto até meio de setembro, quando os preços estavam em queda.

Para lembrar: boi gordo comum chegou a cair para R$ 190 a @, puxando para baixa as categorias de reposição.

Foi o último suspiro de boi magro para compras, tanto quanto de bezerros.

As altas desde então podem ter entrado numa faixa meio limitadora, na medida em que os preços do atacado esbarram nos repasses do varejo. Daí que pelos indicadores de preços o sobe e desce é constante, mas dentro de um nível estabilizado.

O mercado parece ter ficado “chocho” para o pecuarista, independente de qualquer alta pontual que possa vir com a chegada dos salários de novembro e pelo feriadão.

No entanto, a resistência dos produtores fez o boi comum chegar perto do boi China, com prêmio de apenas R$ 5, hoje nos R$ 235 na região e até em Bauru.

Está abaixo, portanto, do indicador Cepea de ontem, que mostrou alta de 5,09%, para mais de R$ 241.

Mas esse é um ponto a monitorar, que pode oferecer alguma virada mais forte e fazer os preços subirem novamente, aparando a pressão que poderá vir do boi de curral.

 

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

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