Commodities
Conflito ‘curto’ no Oriente Médio e produção em alta fazem petróleo entrar em ‘queda livre’
Enquanto WTI ‘encolhe’ 4,81% a US$ 73,09 o barril, Brent cai 4,63% para US$ 77,42 o barril
A falta de perspectiva de uma escalada do conflito no Oriente Médio e sinais de aumento da produção do insumo energético em vários países colocaram em ‘queda livre’ as cotações futuras do petróleo, cujo recuo ficou muito próximo de 5%, na sessão desta quinta-feira (16), o que correspondeu ao seu menor nível desde julho deste ano, abaixo do patamar US$ 80 o barril.
A ‘maré baixa’ da commodity fez com que o barril do tipo WTI (referência ianque), negociado para janeiro próximo, ‘tombasse’ 4,81% (-US$ 3,70) para US$ 73,09 o barril, ao passo que o barril do tipo Brent (referência global) ‘despencasse’ outros 4,63% (-US$ 3,76) para US$ 77,42.
Entre os fatores que contribuíram para a ‘derrocada’ dos preços, figuram, tanto incertezas em relação à expansão da economia global, quanto o aumento da oferta da commodity. Isso contar com o fato de que os chamados ‘prêmios de risco’ relacionados com a guerra em Israel já teriam sido devolvidos ao investidor.
Mercado ‘folgado’ – Segundo a consultoria de serviços financeiros australiana ANZ, o mercado de petróleo não estaria ‘tão mais apertado’ assim, em razão do aumento da oferta, por parte de produtores fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), o que compensaria uma súbita e eventual elevação da demanda.
Exemplo disso, o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE), divulgou, nesta semana, que os estoques totais dos Estados Unidos estariam próximos a 17,5 milhões de barris, o que afastaria qualquer receio de desabastecimento na pátria ianque.
Outros fatores, que também concorrem para ‘segurar’ os preços do petróleo, seriam o recuo de 0,6% da produção industrial estadunidense em outubro, para o mês anterior, mais intensa do que o esperado, conforme apontam os analistas consultados pela FactSet, que estimavam uma queda de até 0,4%, no período citado.
Demanda em queda – Ao mesmo tempo, o escritório nacional de estatísticas da China (NBS, na sigla em inglês) atestou declínio da demanda por petróleo das refinarias do país, de 15,48 milhões de barris/dia para 15,05 milhões de barris/dia em outubro.
Ante a preocupações crescentes em relação à demanda em 2024, tendo em vista a desaceleração econômica da China (segunda economia do planeta), a consultoria Oanda admitiu ser ‘difícil’ que Rússia e Arábia Saudita interrompam os respectivos cortes de produção, até o final deste ano.
Sem contar com os fatores citados, que ‘alimentam’ a volatilidade do mercado, o diretor e sócio do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, assinala que a venda de posições de hedge funds também exercem ‘impacto’ sobre o preço do mercado físico da commodity. “Essa queda maior do petróleo de setembro e outubro para cá é porque você tem o mercado financeiro e o físico de petróleo. Os hedges funds venderam 37% da posição desde setembro, isso significa algo em torno dos 200 milhões de barris de petróleo”, ressaltou.

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