Economia
Conflito no Oriente Médio se agrava, petróleo sobe, mas juros futuros ficam estáveis
Tanto na ponta curta (12,22%), quanto na longa (10,82%), taxas exibiram baixa variação
Apesar do recrudescimento das tensões no Oriente Médio e a consequente elevação das cotações do petróleo, que beira a 4%, os juros futuros exibem, pelo menos até agora, estabilidade, com ligeiro viés de alta em toda a curva, na sessão desta sexta-feira (13), também marcada pelo recuo dos Treasuries (títulos do Tesouro dos EUA) e do dólar, ante às demais moedas fortes.
Após observarem uma ‘breve reação’ dos índices futuros da bolsa de Nova York, analistas continuam acompanhando os ‘próximos passos’ a serem dados pelo Federal Reserve (Fed) – o bc ianque – frente ao avanço da inflação estadunidense, acima do esperado.
Enquanto isso, a preocupação dos investidores se volta para a possibilidade de o Irã entrar no conflito contra Israel, o que poderia implicar novos cortes de produção pela nação persa e um novo choque de oferta no mercado global.
Como reflexo dessa miríade de fatores, na ‘ponta curta’, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 cresceu de 12,20%, no ajuste anterior, para 12,22%; a do DI para janeiro de 2025 subiu de 10,745% para 10,87%; a do DI para janeiro de 2026 teve aumento forte, de 10,55% para 10,635%; e, na ‘ponta longa’, a do DI para janeiro de 2027 foi ampliada de 10,78% para 10,82%.
Embora ‘estáveis’, por ora, as taxas futuras, porém, poderão avançar, em decorrência de comentários mais duros (hawkish) do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, a investidores, em reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Marrakech, no Marrocos, que reforçam a expectativa de que o ritmo de cortes da Selic (taxa básica de juros) seja reduzido, quando não, invertido para novas altas. Na oportunidade, Campos Neto teria comentado que a “possibilidade de baixar o corte para 0,25 ponto percentual (p.p.) era maior do que elevá-lo para 0,75 p.p.”.
A fala do dirigente da autoridade monetária brasileira acabou ‘neutralizando’ a ‘boa notícia’ do IPCA de 0,26% de setembro, aquém do esperado pelo mercado, que contava com uma alta de 0,32%.
No front externo, por sua vez, será a vez da divulgação da inflação ao consumidor ianque (CPI, na sigla em inglês), que poderá vir maior do que as estimativas de analistas, seguindo o mesmo caminho dos preços ao produtor (PPI) dos EUA, que subiram 0,5%, acima dos 0,3% previstos, admitiu o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi.
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