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Conheça o país que cobra mais de MIL REAIS por dia de turistas

O lugar, localizado na Ásia, segue a tendência de taxação turística, implementada por diversos países ao redor do mundo.

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O turismo é uma das principais indústrias do mundo, mas seu crescimento excessivo em algumas regiões tem gerado desafios significativos.

Nesse contexto, destinos populares enfrentam superlotação e impactos ambientais adversos, o que levou à implementação das controversas taxas turísticas como uma possível solução. Entretanto, a eficácia dessas tarifas ainda gera debate entre especialistas.

Butão, um país no Himalaia conhecido por seu forte compromisso com o desenvolvimento sustentável, destaca-se por sua “Taxa de Desenvolvimento Sustentável”. Embora seja mais elevada do que a média mundial, seus cidadãos veem valor nos benefícios proporcionados.

Em contraste, cidades europeias como Maiorca, na Espanha, e Veneza, na Itália, enfrentam dificuldades para reduzir o fluxo turístico, mesmo com taxas institucionais.

O modelo butanês de taxação para o turismo

No Butão, cada turista desembolsa nada mais, nada menos do que 200 dólares diários (cerca de R$ 1.165 na cotação atual) para explorar suas paisagens.

Em 2023, essa política gerou 26 milhões de dólares para o governo local, revertidos para saúde, educação e proteção ambiental. No entanto, nesse mesmo período, apenas 103 mil visitantes desembarcaram no Butão, em grande parte indianos.

Para Susanne Meier, da Bhutan Travel, esses custos adicionais são justificáveis. Ela destaca a preferência do país por um turismo sustentável, alheio ao turismo de massa.

Ainda segundo Meier, os benefícios locais do pagamento dessa taxa, considerada alta pela maioria dos turistas ocidentais, por outro lado, convencem alguns visitantes a visitar o Butão.

O Butão é reconhecido por suas paisagens pitorescas – Imagem: iStock/reprodução

E na Europa?

A Europa também aderiu à taxação turística há algum tempo, com variações de valores e aplicação.

Em Maiorca, uma taxa de hospedagem foi introduzida em 2016, alcançando até 4 euros por noite (R$ 25,5 na cotação atual). Em 2024, a média será de 6 euros (R$ 39), isentando a baixa temporada.

O governo das Ilhas Baleares visa financiar projetos sustentáveis com essa receita, embora a eficácia na redução de visitantes seja questionada.

Veneza, por sua vez, aumentou sua taxa para 10 euros (R$ 64) por dia, mas ainda enfrenta superlotação. Na verdade, o problema tem impactado até a qualidade de vida dos moradores da icônica cidade italiana, que estão deixando o lugar por “não conseguirem paz”.

A bucólica Veneza, na Itália – Imagem: iStock/reprodução

Outros projetos de taxação no velho continente

Além de Maiorca e Veneza, destinos como Barcelona (também na Espanha) e Berlim (Alemanha) arrecadam significativas somas anuais com seus visitantes.

Por exemplo, Berlim planeja gerar 90 milhões de euros (mais de R$ 573 milhões) em 2025 com o “City Tax”. No entanto, enquanto a arrecadação financia melhorias urbanas, a gentrificação torna-se um problema crescente.

Em Barcelona, os impostos são alocados em projetos comunitários, como o Plano Climático Escolar. Porém, a escalada dos preços imobiliários, devido à demanda de turistas, gera protestos entre os moradores.

Resta dizer que, embora as taxas turísticas tenham potencial para controlar o fluxo excessivo de visitantes em determinados países e cidades, sua eficácia ainda é discutida.

Para muitos, os custos adicionais não impedem o desejo de viajar e conhecer esses lugares. Nesses casos, os valores são vistos como um investimento.

Enquanto isso, o debate sobre a aplicação ideal dos recursos segue em pauta, com as cidades turísticas buscando equilíbrio entre turismo e qualidade de vida local.

Formado em História e em Tecnologia de Recursos Humanos. Apaixonado pela escrita, hoje vive o sonho de atuar profissionalmente como Redator de Conteúdo para Web, escrevendo artigos, em diversos nichos e formatos diferentes.

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