Conselho da Gafisa (GFSA3) entra com notícia-crime contra sócio da Esh Capital

O Conselho de Administração da Gafisa (GFSA3) entrou com notícia-crime contra Vladimir Timerman, sócio da gestora Esh Capital e acionista minoritário da construtora, com uma fatia de cerca de 15%.

De acordo com o Valor Econômico, que teve acesso à petição, que corre em segredo de justiça, os conselheiros da Gafisa acusam Timernan de “inúmeras manifestações criminosas e contra a honra”. Também disse que dentre os supostos delitos estão difamação e injúria.

A companhia não comentou o assunto, embora deva fazê-lo por fato relevante nas próximas horas.

Enquanto isso, os advogados de Timerman afirmaram, via nota, que “a estratégia de negócios do fundo Esh Theta, do qual Vladimir é sócio, visa atuar junto à administração para melhoria dos níveis de governança corporativa de modo a contribuir para resultados de longo prazo em benefício de todos os acionistas e demais partes que tenham relações com a companhia”.

Gafisa (GFSA3): nova CEO

Ontem a construtora informou que a engenheira Sheyla Resende assumiu como nova diretora-presidente. Ela entre no lugar de Henrique Blecher, que deixou o posto.

A companhia destacou, em comunicado ao mercado, que Luis Ortiz assumiu como vice-presidente de Negócios – acumulando a posição, por ora, de diretor de relações com investidores, função antes ocupada por Gustavo Nunes.

Também trouxe ainda que Renata Yamada ocupe o cargo de vice-presidente de gestão e jurídico da empresa.

Em se tratado da nova CEO, ela atuou por 10 anos na equipe de engenharia da empresa, e há quatro anos integra o corpo executivo da construtora, período em que assumiu as áreas de RH, gestão e tecnologia, administrativa e comunicação.

Sobre a Esh

A Esh Capital tenta comprovar que o empresário Nelson Tanure tem posição de controle na construtora, com mais de 30% de seu capital social, o que teria disparado a poison pill prevista no estatuto da empresa para a realização de uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) nas mesmas condições para 100% dos acionistas (o chamado tag along).