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Economia

Contas de Governo: déficit primário alcança R$ 58,4 bi em fevereiro, um recorde

Receitas aumentaram, mas despesas também.

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O déficit primário atingiu um recorde para o mês de fevereiro, chegando a R$ 58,444 bilhões, devido à antecipação de R$ 30,1 bilhões em precatórios para este ano. Esse é o maior déficit desde o início da série histórica, em 1997. Em comparação com fevereiro do ano anterior, o déficit aumentou 37,7% além da inflação oficial.

No acumulado dos dois primeiros meses do ano, o Governo Central apresenta um superávit primário de R$ 20,941 bilhões, uma queda de 46,9% em relação ao mesmo período do ano passado, após ajustes inflacionários. No entanto, o governo ainda mantém um superávit em 2024, devido ao resultado positivo de R$ 79,337 bilhões em janeiro.

O déficit primário representa a diferença entre as receitas e os gastos, excluindo o pagamento dos juros da dívida pública. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano estabelece uma meta de déficit primário zero, com uma margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo.

Déficit primário

As receitas aumentaram em relação ao ano anterior, mas os gastos aumentaram em um volume maior, principalmente devido à antecipação de precatórios e aos gastos com o Bolsa Família e a Previdência Social. As receitas líquidas subiram 28,9%, enquanto as despesas totais aumentaram 33,2% em valores nominais.

Quanto aos gastos, a antecipação de precatórios foi o principal fator de aumento, totalizando R$ 30,1 bilhões em fevereiro. Além disso, houve um aumento nos gastos obrigatórios com programas sociais, como o Bolsa Família, e com a Previdência Social. Os gastos com o funcionalismo federal também aumentaram, impulsionados pelo reajuste concedido aos servidores federais no ano anterior.

Em relação aos investimentos, o total nos dois primeiros meses do ano foi de R$ 5,79 bilhões, representando um aumento de 44,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, após ajustes inflacionários. A volatilidade nesses gastos é atribuída ao ritmo variável no fluxo de obras públicas.

(Agência Brasil).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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