Economia
Contas públicas têm déficit em agosto
União, estados, municípios.
Em agosto, as contas públicas registraram um déficit de R$ 21,425 bilhões, refletindo o saldo negativo do governo federal. O setor público consolidado, que engloba União, estados, municípios e empresas estatais, apresentou esse déficit, porém o valor é inferior ao registrado no mesmo mês de 2023, quando o saldo negativo foi de R$ 22,830 bilhões. Os dados foram divulgados dia 30 pelo Banco Central (BC).
O déficit primário, que exclui o pagamento dos juros da dívida pública, acumulou R$ 86,222 bilhões nos primeiros oito meses deste ano. Nos últimos 12 meses, até agosto, o déficit foi de R$ 256,337 bilhões, equivalente a 2,26% do PIB. Em 2023, o déficit primário ao final do ano foi de R$ 249,124 bilhões, ou 2,29% do PIB.
Em agosto, o Governo Central (que inclui Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) teve um déficit de R$ 22,329 bilhões, menor que os R$ 26,182 bilhões registrados no mesmo período de 2023. Enquanto isso, os governos estaduais apresentaram um superávit de R$ 3,386 bilhões, superior aos R$ 1,831 bilhão do ano anterior. Já os municípios, por outro lado, tiveram um déficit de R$ 2,951 bilhões, contrastando com o superávit de R$ 654 milhões em agosto de 2023. No geral, os governos regionais (estaduais e municipais) fecharam com um superávit de R$ 435 milhões, contra os R$ 2,485 bilhões do ano anterior.
Contas públicas
As empresas estatais federais, estaduais e municipais (exceto Petrobras e Eletrobras) registraram um superávit de R$ 469 milhões, abaixo dos R$ 866 milhões obtidos em agosto de 2023.
Os gastos com juros totalizaram R$ 68,955 bilhões em agosto, uma redução significativa em relação aos R$ 83,731 bilhões de agosto do ano passado. O Banco Central destacou que as variações nessa conta geralmente são pequenas, mas o resultado em agosto foi influenciado pelas operações de swap cambial, que geraram ganhos de R$ 1,7 bilhão, em contraste com as perdas de R$ 10,5 bilhões no mesmo mês de 2023.
O déficit nominal, que inclui o resultado primário e os gastos com juros, também caiu em comparação com 2023. Em agosto, o déficit nominal foi de R$ 90,381 bilhões, frente aos R$ 106,561 bilhões registrados no mesmo mês do ano anterior. Nos 12 meses encerrados em agosto, o déficit nominal acumulado foi de R$ 1,111 trilhão, ou 9,81% do PIB.
Dívida líquida
A dívida líquida do setor público chegou a R$ 7,026 trilhões, representando 62% do PIB, com leve alta em relação a julho, quando estava em 61,8%. Já a dívida bruta do governo geral alcançou R$ 8,898 trilhões, ou 78,5% do PIB, também apresentando um aumento em relação ao mês anterior. Esse indicador é um dos mais observados para comparações internacionais.
(Com Agência Brasil).
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