Copel inicia PDV e tem adesão de quase 1,5 mil funcionários

A Copel (CPLE6) iniciou ontem seu Plano de Desligamento Voluntário (PDV) e obteve a adesão de 1.437 funcionários, informou a companhia, acrescentando que o custo estimado está em R$ 610 milhões referente às indenizações e despesas adicionais.

De acordo com a empresa, cada empregado contemplado também receberá o valor da multa do FGTS, além do subsídio mensal referente ao plano de saúde e do auxílio alimentação, por um período de 12 meses.

Em nota, destacou que o desembolso de caixa da indenização e multa do FGTS será feito no momento do desligamento de cada empregado”, que ocorrerá durante um período de transição até agosto de 2024, “salvo exceções”, acrescentou a Copel.

Também prevê economia anual de 428 milhões de reais a partir dos desligamentos, na base atual.

A ação CPLE6 encerrou o dia 18 cotada a R$ 8,09.

Copel (CPLE6)

Vale lembrar que no final de setembro o Itaú BBA aumentou o preço-alvo das ações PNB da Copel de R$ 9,6 para R$ 12 com base numa avaliação mais positiva após a oferta subsequente de ações (follow on) para privatização da companhia, com expectativa de ganho de eficiência e também em meio à renovação de concessões hidrelétricas, conforme destacado em relatório.

Para o banco de investimentos, a companhia é um porto seguro no setor de serviços públicos com uma avaliação atraente, potenciais catalisadores futuros e baixo risco de execução.

A instituição financeira estima que, em dois anos, deve haver corte de 15% nas despesas com Pessoal, Material, Serviços de Terceiros e Outros (PMSO), em parte devido ao programa de demissão voluntária da empresa.

Ainda assim, elencou, a estimativa é mais conservadora do que a do guidance da companhia, segundo o qual o corte de PMSO deve ficar entre 15% e 25%. “Se assumíssemos uma poupança total de custos de 25%, o nosso preço-alvo aumentaria 8,5%”, dizem os analistas.