Conecte-se conosco

Ações, Units e ETF's

Copel pode não migrar para o Novo Mercado da B3

Pedido do BNDESPar.

Publicado

em

Copel anuncia primeiro programa de conversão de ações e formação de Units

A Companhia Paranaense de Energia – Copel (CPLE6) pode não migrar para o Novo Mercado da B3 (B3SA3), conforme pedido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Isso porque a instituição financeira solicitou à companhia que retire o tema Novo Mercado da pauta da Assembleia Geral Extraordinária (AGE).

Isso inclui, ainda, que a companhia exclua da pauta o tema de uma eventual conversão de ações preferenciais em ordinárias. Na prática, o pedido foi feito pelo BNDESPar.

Para a Copel, porém, o pedido não interfere nas demais ordens da assembleia marcada para este dia 10 de julho de 2023, especialmente na proposta de privatização da Copel através de sua transformação em uma companhia de capital disperso e sem acionista controlador.

“A companhia esclarece que a AGE, quando instalada, deliberará sobre a retirada dos Itens do Novo Mercado da ordem do dia”, diz o comunicado.

Também disse que analisará oportunamente a submissão aos acionistas a deliberação sobre a ida ao Novo Mercado, “segmento especial exclusivo para companhias que adotam as mais elevadas práticas de governança corporativa, um dos pilares da estratégia da Copel”.

Copel na rota da privatização

Vale lembrar que a Copel é uma empresa pública, cujo principal acionista é o governo do Estado do Paraná, que pretende desestatizar a companhia.

A privatização da Copel ganhou força durante o mandato do governador Ratinho Junior, filho do apresentador do SBT Carlos Massa (o Ratinho).

A iniciativa vem na esteira da privatização da Eletrobras, inclusive a Copel quer seguir o mesmo modelo implementado na ex-estatal.

A Eletrobras foi privatizada em leilão na B3 (B3SA3) em junho de 2022 por R$ 100 bilhões.

Com a troca de comando no governo federal, saindo Jair Bolsonaro e entrando Luiz Inácio Lula da Silva como presidente da República, houve um hiato por algumas semanas, pois o Poder Executivo, na composição atual, se opõe à maioria das desestatizações.

Desta forma, embora a Copel seja do Paraná, as autoridades estaduais “seguraram” qualquer movimento para observar o que viria pela frente por parte do atual governo.

Passados mais de 100 dias de Lula no poder, as autoridades estaduais já se sentem à vontade para dar sequência aos estudos de viabilidade para desestatização da Copel.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

Publicidade

MAIS ACESSADAS