Bancos
Copom decide Selic na quarta e pode arrefecer ou esquentar queda de braços com governo
Debate em torno da taxa de juros está forte.
O Comitê de Política Econômica (Copom) se reúne na terça e quarta-feira desta semana para decidir se eleva a taxa de juros da economia, a Selic, se mantém no patamar atual ou se corta.
A Selic está, atualmente, em 13,75% ao ano e tem sido motivo de discórdia entre integrantes da equipe econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e técnicos do Banco Central (BC).
Na prática, o Poder Executivo quer que o BC reduza os juros para, assim, baratear o crédito à população menos abastada.
O Bacen, por sua vez, segura a Selic em patamares elevados para, desta forma, conter o avanço dos preços (inflação). Este é, inclusive, um movimento global.
Isso porque o Federal Reserve (Fed, espécie de banco central dos EUA) promove os mesmos movimentos, visto que a inflação por lá está em um patamar historicamente alto.
Desta forma, bancos centrais de todo o mundo aguardam os movimentos do Fed para se movimentarem em consonância. O Brasil faz o mesmo.
Copom e Selic
Com este panorama de pano de fundo, deputados ligados ao governo já pediram para o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deixar o cargo ou ser demitido.
O próprio Campos Neto teve de ir ao Congresso justificar a manutenção dos juros brasileiros em patamar elevado, recentemente.
Há economistas que apoiam o BC e economistas que se opõem. O Bacen pretende, com isso, trazer a inflação para o centro da meta, em torno de 4% — atualmente está rem quase 6%.
Porém, dos especialistas que se opõem, há a sugestão de que ao invés de trazer a inflação para o centro da meta, o correto deveria ser aumentar o patamar da própria meta.
Acontece que para eles, as diretrizes atuais estão defasadas e o BC precisa reajustar sua política econômica.
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