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Copom mantém ‘inalterada’ Selic no patamar atual de 13,75% ao ano
Para o colegiado, “decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação à meta”
“Decisão compatível com a estratégia de convergência da inflação ao redor da meta, ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024”. Mediante essa explicação, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) acaba de anunciar a manutenção, nos mesmos 13,75% ao ano atuais, da taxa básica de juros (Selic), como era esperado, inclusive, pela maioria dos analistas do mercado financeiro.
De acordo com nota publicada, há pouco, pelo site do Banco Central (BC), a decisão do colegiado leva em conta os “cenários avaliados, o balanço de risco e o amplo conjunto de informações disponíveis”, além de assegurar que a medida (manutenção da Selic) não ‘prejudica’ “seu objetivo fundamental, de assegurar a estabilidade de preços, além de implicar a suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego”.
Com relação à atual conjuntura da economia, o Copom acentuou que esta passa por um “estágio do processo desinflacionário [redução, ainda que gradual, dos índices de inflação], que tende a ser mais lento, além de se caracterizar por expectativas de inflação desancoradas, o que segue demandando cautela e parcimônia [termos empregados, recentemente, pelo próprio presidente da autarquia, Roberto Campos Neto]”.
Como reforço à iniciativa, o comitê adianta que “conduzirá a política monetária necessária para o cumprimento das metas” bem como “avalia que a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período prolongado tem se mostrado adequada para assegurar a convergência da inflação”. Em outro trecho do comunicado, o Copom reforça que “irá perseverar até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”.
No plano internacional, o colegiado entende que o “ambiente externo se mantém adverso, ainda que com revisões positivas para o crescimento do ano”, ao destacar, ainda, que, “apesar da atenuação do estresse envolvendo bancos nos EUA e na Europa, a situação segue demandando monitoramento”
Ainda sobre a questão externa, o comitê observa que “os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas, inclusive com a retomada de ciclos de elevação de juros em algumas economias, em um ambiente em que a inflação se mostra resiliente”.
Voltando ao plano doméstico, o colegiado entende que “o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue consistente com um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres”, acrescentando o comentário que “o crescimento acima do esperado no primeiro trimestre refletiu principalmente o forte desempenho do setor agropecuário”.
A respeito do já mencionado estágio de desinflação, o Copom considera que “o arrefecimento recente dos índices de inflação cheia ao consumidor, antecipa-se uma elevação da inflação acumulada em doze meses ao longo do segundo semestre”, o que permite observar que “diversas medidas de inflação subjacente seguem acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”.
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