Coreia do Sul: destituição do presidente Yoon Suk Yeol gera crise política

A instabilidade política marcou a Coreia do Sul no último sábado, 14 de dezembro, quando o Parlamento decidiu pela destituição do presidente Yoon Suk Yeol. O líder sul-coreano, que havia decretado lei marcial em Seul em uma tentativa de autogolpe, viu seu mandato terminar abruptamente.

Com 204 votos favoráveis e 85 contrários, os legisladores sul-coreanos aprovaram sua remoção do cargo. A decisão veio após Yoon tentar consolidar o poder, uma ação amplamente rejeitada pelos parlamentares, o que tornou sua situação política precária e insustentável.

A partir de agora, o primeiro-ministro Han Duck Soo desempenhará o papel de presidente interino. Ele estará à frente do país até a realização de novas eleições, previstas para ocorrer em um prazo de até 60 dias.

Antecedentes e repercussões

Yoon Suk Yeol, eleito em 2022 com uma postura e discursos conservadores, enfrentou diversos protestos e investigações sobre sua tentativa de se manter no poder.

A legitimidade das eleições legislativas de abril, nas quais sua coalizão perdeu o controle do Parlamento, foi colocada em dúvida após um discurso recente do político. Na ocasião, ele apoiou a imposição da lei marcial.

Ao defender a lei marcial, Yoon argumentou que a medida era necessária devido a insurreições. Contudo, a decisão agravou tensões políticas, sendo vista como um autogolpe.

A implementação militar nas ruas de Seul intensificou a crise, que culminou em sua destituição do poder.

Próximos passos

Com a destituição, Han Duck Soo, agora na presidência interina, busca estabilizar o cenário político até a eleição de um novo presidente.

A decisão foi ratificada pela Corte Constitucional, assegurando a transição de poder de forma pacífica e dentro do previsto pela lei.

A Coreia do Sul enfrenta um período decisivo em sua história política com a destituição de Yoon, que também liderou o impeachment da ex-presidente Park Geun-hye. O momento ressalta a complexidade do cenário político do país.

Agora, observadores de todos os cantos do mundo aguardam para ver como essa transição influenciará o futuro da nação asiática.