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CPI na Câmara reforça combate à proliferação de pirâmides financeiras

Presidente da Casa, Arthur Lira determina comissão para investigar empresas suspeitas de fraudes, já identificadas pela CVM

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Em tempo de dinheiro curto e juros proibitivos, a tentação de ganhar aquela ‘grana extra’ passa pela cabeça de um, não é mesmo? Pois é nessa hora que é preciso ter cuidados redobrados, sobretudo com espertalhões em busca de dinheiro fácil, no caso, o seu.

Com o advento da digitalização da economia, a modalidade de golpe mais recorrente no mercado é a chamada ‘pirâmide financeira’, agora mais sofisticada, mediante o uso de criptomoedas (moedas digitais), para oferta de ganhos irreais, que redundam no ‘sumiço’ dos recursos do ‘investidor’ incauto e carente das mínimas noções de Educação Financeira.

A profusão de tais crimes – que implicam a perda de bilhões de reais, afetando a economia real – tem sido tão constante que, após o estouro de esquemas fraudulentos, em série, pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, o Congresso Nacional decidiu se posicionar, a ponto de o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) determinar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a ‘piramidal’ prática criminosa.

A intenção de Lira é de dar curso à proposta do deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), no sentido de investigar 11 empresas – já identificadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a ‘xerife’ do mercado de capitais – suspeitas de promoverem operações fraudulentas com base em criptomoedas e emprego de informações falsas sobre investimentos em criptos, a pretexto de garantir alta rentabilidade.

Somente no período de janeiro a maio do ano passado, segundo levantamento da empresa especializada em cibersegurança PSafe, foram detectados mais de 3,4 milhões de tentativas de golpes financeiros no Brasil pela internet.

Didático, o gerente de experiência do cliente da exchange brasileira NovaDAX, César Felix, explica que uma pirâmide financeira é um modelo de negócios pelo qual alguém ‘vende um investimento’, com a promessa de alto e rápido retorno, quando, na verdade, este visa, tão somente, obter a adesão de maior número possível de pessoas (ludibriadas). A formação piramidal surge quando o ‘investidor’ é incentivado a ‘captar’ outros investidores, a título de remunerar seus investimentos, sobre os quais são acrescentados juros.

“A pirâmide financeira é definida como um modelo de negócios não sustentável, já que o esquema precisa ser continuamente alimentado. Somente assim, as pessoas que entraram antes continuam ganhando um percentual sobre os novos membros. Porém, quando novos participantes não entram, o negócio torna-se insustentável e a pirâmide cai”, alerta Felix.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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