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Crédito ampliado ao setor não financeiro atinge R$ 15,2 trilhões em junho
Montante do mês passado representa alta mensal de 0,8% e de 7,7%, no comparativo anual
Em razão da alta de 3,4% dos títulos públicos da dívida, o saldo de crédito ampliado ao setor não financeiro em junho último alcançou o montante de R$ 15,2 trilhões (147,6% do PIB), o que corresponde a um crescimento de 0,8%, no comparativo mensal, e de 7,7%, no comparativo anual, com destaque para o aumento de 9% na carteira de empréstimos e de 9,8% nos títulos da dívida.
As informações integram as ‘Estatísticas Monetária e de Crédito’, divulgada, nesta quinta-feira (27), pelo Banco Central (BC), ao apontar que, para as empresas, o crédito ampliado somou R$ 5,2 trilhões (50,5% do PIB), o que representa uma queda de 0,6%, no comparativo mensal, sob influência da redução de 4,7% da dívida externa, somada à apreciação cambial de 5,4%. No comparativo anual, porém, houve expansão de 7,4% do crédito ampliado, por conta do aumento de 27,9% dos títulos de dívida.
Às famílias, por sua vez, o crédito ampliado totalizou R$ 3,5 trilhões (34,2% do PIB) no mês passado, correspondendo a um recuo de 0,5%, no comparativo mensal, mas elevação de 12,2% em 12 meses, como reflexo do maior volume de empréstimos do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
No que se refere ao volume de crédito total do SFN, este contabilizou a cifra de R$ 5,4 trilhões em junho último, o que significa uma alta de 0,1%, no comparativo mensal, por sua vez, influenciado pelo crescimento de 0,1% no mês no volume de crédito destinado às empresas (saldo de R$ 3,3 trilhões), ao passo que o crédito às famílias retraiu 0,4% no mês (R$ 2,1 trilhões).
No comparativo anual, todavia, o crédito total subiu 8,9%, o que evidencia tendência de ‘desaceleração’ ante à expansão de 10,6%, registrada em maio deste ano. Por segmento, os volumes de crédito para empresas e famílias também registraram arrefecimento, no comparativo mensal, com avanços de 3,5%, ante 4,5%, e de 12,8%, ante 14,8%, respectivamente.
Já o volume de crédito com recursos livres, direcionados às Pessoas Jurídicas somou saldo de R$ 1,4 trilhão em junho, com crescimento mensal de 1,4% e de 1,1% em 12 meses. Neste aspecto, se destacam os crescimentos mensais das carteiras de desconto de duplicatas (9,2%) – influenciadas por fatores sazonais – de outros créditos livres (7,9%), e adiantamentos de contratos de câmbio (2,0%).
Ao mesmo tempo, o saldo de crédito com recursos livres às Pessoas Físicas totalizou R$ 1,8 trilhão em junho, o que representa redução mensal de 1,3% e incremento de 10,6% em 12 meses. Tal redução mensal foi muito disseminada entre as modalidades, com destaque para o crédito pessoal não consignado (-2,8%); cartão de crédito (-1,1%), e o crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS (-1,9%).
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