Economia
Crédito consignado para CLT busca aliviar juros altos, diz Haddad
Programa Crédito do Trabalhador.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou dia 20 que o programa de crédito consignado para trabalhadores com carteira assinada (CLT) tem como objetivo proteger a classe dos juros altos praticados pelo mercado financeiro e evitar o superendividamento. A medida, segundo o ministro, cria um caminho para renegociar dívidas com taxas mais acessíveis, mesmo diante do aumento da taxa Selic para 14,25% ao ano.
Durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov, Haddad destacou que os bancos costumam cobrar juros significativamente superiores à taxa de captação do crédito, que gira em torno de 15% a 16% ao ano. No entanto, em modalidades como o crédito pessoal, os trabalhadores chegam a pagar entre 5% e 6% ao mês. “Em dois ou três meses, o trabalhador já pagou todo o juro que o banco utilizou para captar os recursos, e ainda restam nove meses para o banco lucrar”, explicou.
O Programa Crédito do Trabalhador permitirá que os clientes bancários migrem para linhas de crédito mais baratas, já que as parcelas serão descontadas diretamente da folha de pagamento ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A partir desta sexta-feira (21), os trabalhadores poderão solicitar propostas de crédito por meio do aplicativo da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), escolhendo as melhores ofertas entre as instituições financeiras habilitadas. A partir de 25 de abril, os bancos também poderão oferecer o consignado privado em suas plataformas digitais.
Consignado para CLT
Segundo Haddad, o novo modelo oferece condições mais vantajosas para quem está há mais tempo no emprego ou atua em setores específicos da economia. “Imagine uma empregada doméstica com cinco ou dez anos de serviço junto a um empregador. Antes, ela recorria ao crédito pessoal com taxas elevadas, mesmo tendo um histórico favorável para obter um empréstimo mais barato. Agora, ela poderá acessar uma linha de crédito mais justa”, afirmou.
O ministro também rebateu críticas sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que recentemente elevou os juros básicos de 13,25% para 14,25% ao ano. Segundo Haddad, o aumento já estava previsto desde dezembro de 2024, na gestão de Roberto Campos Neto, e não poderia ser revertido abruptamente com a chegada do novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo. “O Banco Central tem que administrar a herança recebida com responsabilidade”, pontuou.
Haddad ressaltou que o governo federal está empenhado em cumprir o novo marco fiscal e equilibrar as contas públicas, o que também influencia as expectativas de inflação e a condução da política monetária. Ele defendeu que o Brasil pode crescer de maneira sustentável sem precisar recorrer a uma recessão para controlar a inflação. “Nosso objetivo é debelar o aumento de preços e garantir o crescimento econômico com equilíbrio”, concluiu o ministro.
(Com Agência Brasil).

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