Economia
Crise brasileira deflagra aumento de remessas do exterior
Envio de recursos ao país no 1S21 bate recorde: US$ 1,89 bi
Como se sabe, câmbio é uma gangorra. Quanto menor a valorização de uma moeda, mais desvalorizada é a outra. É o caso do real, que enfrenta constante desvalorização frente ao dólar – hoje cotado a R$ 5,38. Segundo dados do Banco Central (BC), as remessas de brasileiros no exterior ao país apresentaram movimento recorde no primeiro semestre do ano (1S21), contabilizando a soma de US$ 1,89 bilhão (R$ 10,16 bilhões).
Maior valor – Esse montante – maior valor da série histórica do BC – representa uma alta de 24% para idêntico período do ano passado (1S20) e de 36,5%, ante o primeiro semestre de 2019 (1S19), quando a pandemia ainda não existia.
Três comunidades – No que toca à origem dos recursos, três países – que possuem comunidades brasileiras numerosas – se destacam: EUA (US$ 946 milhões), Reino Unido (US$ 370,4 milhões) e Canadá (US$ 27,9 milhões). Outro país que também contribui com as remessas é Portugal, de onde partiram para o Brasil outros US$ 101,3 milhões no 1S21. A cifra confirma o sexto semestre consecutivo com remessas acima de US$ 100 milhões no país lusitano.
Renda cai – No cerne de tal fenômeno está a crise econômica decorrente da pandemia, que ‘derrubou’ a renda de muitas famílias no Brasil, levando à necessidade de parentes – sobretudo nos países citados – intensificarem o envio de recursos ao país, nos últimos meses, aponta a professora da Faculdade de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) Julia Braga.
Real desvaloriza – Segundo Julia, o segundo fator determinante do salto das remessas é a desvalorização do real que, na lógica cambial, tende a abrir oportunidades de investimento no Brasil, para quem se encontra no exterior. E, por último, o êxodo de brasileiros, provocado pela mesma crise. “Há esse contingente de pessoas que saiu daqui em busca de novas oportunidades no exterior e, quando consegue juntar renda, passa a enviar mais recursos para investimento ou como ajuda à sua família”, arrematou Julia.
Educação já! – Crise aqui também pode ser sinônimo de bons negócios. Que o diga o paulista Lúcio Santana, que atua em financiamento imobiliário no estado norte-americano da Flórida. Ele acaba de adquirir 50% dos direitos de uma escola em sua cidade natal, Campo Limpo Paulista, de onde saiu, há 23 anos, para os Estados Unidos. Embora não pretenda voltar a morar no Brasil, Santana percebeu no dólar ‘aquecido’ a oportunidade única de investir na área educacional de sua cidade.

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