Agronegócio
Cultura da cevada mostra grande potencial no campo
Cevada traz vários benefícios, além do alto teto produtivo
Na região de Arapoti (PR), os primeiros dias da geada na safra inverno 2021 chegaram e tem deixado os produtores preocupados. Boa parte da produção foi perdida devido a adversidade climática. Alguns produtores estimam que a quebra foi de 20%.
No entanto, apesar dos prejuízos, foi um período de aprendizagens, onde a cultura da cevada mostrou grande potencial. Um dos primeiros associados da Capal, Henk Salomons, inseriu a cultura da cevada em suas áreas há cerca de 5 anos. “No início, fui muito cético quanto à cevada. Mas já na primeira colheita, a produtividade média foi de 4.925 kg por hectare”.
O cooperador afirma que a cevada traz vários benefícios, além do alto teto produtivo, como a boa produção de palhada, onde contribui para o controle de doenças e agrega à safra de verão, além de representar uma alternativa excelente à outras culturas de inverno, como o trigo e a aveia. “Ela casou perfeitamente para a rotação de culturas pois cria um círculo virtuoso no manejo do solo”, acrescenta.
Além de permitir o plantio em solos de qualidade reduzida, a cevada rende lucro direto, além de ser uma boa opção para a composição de um sistema sustentável.
De acordo com Gustavo Borba, do Departamento de Assistência Técnica (DAT) de Arapoti, em relação ao trigo, a cevada tem vantagem nas produtividades em áreas de média e até baixa fertilidade. “O trigo é uma cultura de alta exigência. Em áreas de média e baixa fertilidade, ele não se comporta tão bem. Mas a cevada se encaixa bem em áreas com essa característica. Mesmo em áreas inferiores, em que o teto de produção pode ser reduzido, a cevada entrega mais”, afirma.
Outros pontos positivos são a superioridade na capacidade de produção e a contribuição para a manutenção do solo, assim como a aveia, além de produzir uma palhada de ótima qualidade. É que a cevada possui alta produção de matéria seca, o que ajuda na conservação e evolução na construção da fertilidade. Quando ela não alcança os índices de qualidade exigidos para a industrialização, o grão pode ser utilizado na produção de ração, servindo assim, para a nutrição animal. De acordo com Roberto Martins, coordenador do DAT no estado do Paraná, “mesmo depois de processada, ela continua tendo valor alimentar muito interessante para compor ração”.
É necessário que os grãos atendam aos critérios de qualidade específicos, pois assim que chega à indústria, a cevada passa pelo processo de malteação para originar o malte, matéria-prima da cerveja.
O Brasil consome cerca de 1,7 milhão de toneladas de malte por ano, enquanto a produção é de apenas 700.000 toneladas. Isso significa que cerca de 1 milhão de toneladas de malte são importadas para o país a cada ano. A nova maltaria atende a essa demanda, com produção anual estimada em 240 mil toneladas, o equivalente a cerca de 15% do consumo nacional.

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