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Definição breve de metas de inflação pode abreviar corte de juros

Para economistas do Legacy Capital, ‘ruídos’ contribuem para reduzir flexibilidade de política monetária

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Quanto mais cedo forem definidas as ‘novas’ metas de inflação, melhores serão as condições macroeconômicas para o início da fase de corte dos juros, avaliam os economistas da Legacy Capital, Leonardo De Paoli e Pedro Jobim, para quem “ruídos sobre elevação da meta [de inflação] só contribuem para aumentar a desancoragem nas expectativas de inflação, o que acaba reduzindo a flexibilidade da política monetária pelo Banco Central (BC)”.

Ambos os economistas concordam em apontar que as expectativas de inflação constituem o principal ‘canal’ de política monetária voltada a processos de desinflação. Dentro desse raciocínio, caso haja deterioração importante das referidas expectativas de inflação – devido à fragilização dos fundamentos econômicos, aumento da incerteza ou por uma percepção de leniência (pouco empenho) do Banco Central na busca da meta – automaticamente os canais de política monetária tendem a perder potência, como é o caso da Selic (taxa básica de juros), mas com o aumento do custo do processo de desinflação por toda a sociedade.

Para De Paoli e Jobim, “desde o início do ano, observamos o distanciamento entre as expectativas de inflação em relação às metas para prazos mais longos”, tendência associada a duas questões básicas: incerteza a respeito da política fiscal a ser que será adotada pelo novo governo e o ruído sobre uma possível elevação das metas de inflação a serem atingidas pelo Banco Central (BC), o que em tese abriria margem para antecipar o ciclo de corte de juros.

A título de mostrar à sociedade maior empenho e compromisso com relação à estabilidade fiscal, prosseguem os economistas, o governo apresentou um projeto de arcabouço fiscal, tendo em vista ‘assegurar’ mais previsibilidade de crescimento das despesas, sem contar medidas em favor do crescimento da receita e de obtenção de resultados primários mais consistentes e positivos.

Para tornar mais crível a busca do equilíbrio fiscal, De Paoli e Jobim defendem, no nível do Parlamento, que seja aplicado o contingenciamento de despesas e elevação do grau de responsabilização do Poder Executivo, caso este descumpra as metas de resultado primário. Em consequência, o avanço da agenda fiscal e a redução das incertezas deve proporcionar a redução dos prêmios de risco no mercado.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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