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Commodities

Demanda por petróleo terá recuperação morna e preços devem ficar estáveis, dizem tradings

Pico na demanda global por petróleo possivelmente só será visto na próxima década, dizem chefes de tradings.

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Uma recuperação média na demanda por petróleo e preços estáveis ao longo dos próximos meses devem ser vistos por conta da pandemia de coronavírus, disseram nesta terça-feira os CEO’s das maiores casas de “trading” do mundo, mas o auge da demanda só deve ser registrado daqui a dez anos.

Durante o evento FT Commodities Global Summit, presidentes-executivos de Vitol, Gunvor e Mercuria também afirmaram que deverão apostas mais em renováveis.

Russell Hardy, chefe da Vitol, disse ter “expectativas modestas” para os preços do petróleo, já que acredita que o consumo deve se manter em grande parte estável até o próximo verão (no Hemisfério Norte).

“O mercado ainda está frágil e nós todos sabemos que a demanda não aparecerá muito, provavelmente até o próximo verão, porque as vidas das pessoas não vão mudar significativamente durante o verão. Elas não vão começar a viajar amplamente de novo porque a pandemia ainda está vida”, afirmou Hardy.

Ainda mais pessimista, o chefe e co-fundador da Mercuria, Marco Durand, disse que não espera a volta do consumo de petróleo aos níveis pré-coronavírus por alguns anos.

Os preços devem ficar principalmente estáveis ao redor dos 45 dólares por barril durante o próximo semestre, acrescentou Durand.

Para Torbjorn Tornqvist, CEO da Gunvor, os preços devem oscilar perto 40 dólares por barril até meados do próximo ano.

Ainda é muito cedo para prever um pico na demanda global por petróleo, disseram os executivos, e isso provavelmente não ocorrerá antes do aumento da produção de renováveis, previsto para a próxima década.

Em cenário para a demanda por petróleo publicado pela britânica BP, a demanda em 2030 poderia ser significativamente menor que a atual, o que ele seria um grande desafio para produtores, investidores e para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), recordou Hardy.

“Mas a previsão de queda na demanda não é o cenário que esperamos, e há espaço para produtores continuarem a administrar o mercado pelos próximos 10 anos ou mais, o fim do jogo talvez esteja um pouco mais longe, talvez 15, 20 anos”, tranquilizou.

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