Curiosidades
Descoberta profunda: peixe raro encontrado em zona de pouca vida marinha
Cientistas da Austrália e do Japão encontraram um peixe raro há 8 km de profundidade, nesse local, a vida marinha já se torna incomum.
Foram cientistas da Austrália e do Japão que registraram espécies de peixes a mais de oito quilômetros abaixo da superfície do mar. A essa distância do solo, encontrar vida marinha é bastante incomum.
Para além disso, eles identificaram uma espécie rara, chamada Pseudoliparis belyaevi, um tipo de peixe caracol. A última vez que se teve registro da espécie foi em 2008, há 15 anos.
O apelido de peixe caracol se dá porque o animal rasteja pelo fundo do Oceano Pacífico, mas, na verdade, sua aparência está mais um fantasma. Ele também pode ser comparado a um fóssil vivo, pois sua mandíbula é robusta o suficiente para ser equiparada à de um tubarão.
Atualmente, o que se sabe sobre essa espécie é que os peixes possuem em média 10 cm e vivem comumente em pequenos cardumes.
O professor da Universidade da Austrália Ocidental (UWA) e fundador do Minderoo-UWA Deep Sea Research Center, Alan Jamieson, comenta que é realmente surpreendente a profundidade em que esses animais podem ser encontrados. São mais de quinze anos dedicados por Jamieson e seu grupo a pesquisas sobre vida marinha nas profundidades. Esses animais muitas vezes são classificados como “bizarros”.
No entanto, é importante apontar que cientistas da Universidade de Ciência e Tecnologia Marinha de Tóquio, no Japão, também participaram da descoberta. Até o atual momento, não foi publicado nenhum artigo sobre o assunto, mas as publicações devem começar em breve.
Há 8 quilômetros da superfície
Em baixo da superfície do mar, mais precisamente aos 8,02 km, os cientistas acharam os espécimes de Pseudoliparis belyaevi, dos quais dois foram recolhidos para estudos posteriores.
Mais a baixo, na faixa dos 8,3 km de profundidade, eles acreditam ter encontrado uma nova espécie de peixe caracol, mas para mais conclusões, serão necessários estudos mais aprofundados. Esses animais foram registrados por meio de vídeos e não pescados, assim como os anteriores.
Essas descobertas magníficas foram feitas em duas trincheiras no Japão, chamadas Izu-Ogasawara e Ryukyu. Segundo Jamieson, esses são “lugares incríveis para explorar”. “Elas são tão ricas em vida, mesmo bem no fundo”, afirma o pesquisador.
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