Economia
Desequilíbrio fiscal eleva curva de juros e risco-Brasil
Agravamento da crise, este mês, coincide com alta do custo do dinheiro para o país
É a irresponsabilidade fiscal cobrando seu preço, de nós. Que o diga a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), ao observar, nesse mesmo mês corrente, a elevação da curva de juros, por conta da cobrança, a maior, de investidores para emprestar dinheiro ao mercado. O fato coincide com a manobra palaciana para driblar o teto de gastos, que visa garantir recursos para despesas do Executivo, em ano eleitoral.
Tensão fiscal – Exemplo disso, dados do Tesouro Nacional apontam que, no fim de setembro último – justamente quando se agravou a tensão fiscal – as taxas médias cobradas por investidores nas emissões de títulos públicos bateram o recorde, mantido desde 2018, ao alcançarem 11,16% ao ano, no caso das NTN-F com vencimento em dez anos.
Patamar superado – Tal patamar já foi superado, em outubro, em leilões mais recentes, quando passou a 11,89% ao ano, segundo prévia dos dados da dívida pública, normalmente divulgado pelo Tesouro, no fim do mês. A tendência, agora, é o TN calibrar melhor os leilões desses títulos, por meio da redução dos lotes e do volume comprado, na expectativa de um ambiente mais estável, à frente.
Mercado preocupado – Na avaliação do coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luis Felipe Vital, o ‘pico na curva dos juros’ reflete a preocupação do mercado com o cenário das contas públicas brasileiras, cuja piora, segundo ele, “pode ser explicada por questões domésticas, principalmente fiscais”. Nessa análise, o coordenador acrescenta que “tanto as partes intermediárias, como as longas da curva de juros tiveram alta, que descreve um movimento expressivo nos juros, com alta considerável”.
Expectativa afetada – Em que pese as muitas incertezas sobre a trajetória fiscal, daqui para frente, Vital entende que esse fato afeta sobremaneira a expectativa do investidor em relação à política monetária. “Em resumo, esse noticiário fiscal mais intenso responde por boa parte desse aumento de juros”, explica.
Percepção crescente – Também reforçam essa percepção de risco, indicadores observados pelo Tesouro, por meio dos quais a percepção crescente de risco sobre o Brasil é bem superior à de seus pares emergentes, afirmam técnicos do órgão.
Exceção negativa – Exemplo disso é o CDS (Credit Default Swap, indicador de risco-país) do Brasil, que avançou 10,8% este mês, em relação a setembro, ao atingir o valor de 228 pontos na última terça-feira (26), ao tempo em que, nos demais países latino-americanos, os percentuais tiveram declínio: Chile (-4,2%, para 84 pontos), México (-6,1%, para 95), Colômbia (-9%, para 153) e Peru (-19,9%, para 84).

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