Conecte-se conosco

Economia

Desvalorização do yuan baseia pressão chinesa por importações mais baratas; carne está no centro

Importações chinesas ficam cada vez mais caras com o aumento da quantidade da divisa para se comprar dólar e prejudica exportadores de carne bovina principalmente

Publicado

em

O yuan chinês segue em espiral de desvalorização frente ao dólar.

Não é uma boa notícia para o Brasil e demais países fornecedores de carnes e commodities agrícolas e minerais à China.

Enquanto as exportações são beneficiadas, as importações do país asiático ficam mais caras, já não é de agora.

O movimento está se acentuando à medida em que o crescimento do PIB para 2023 vai ficando mais achatado, agora na linha de 3% no máximo, segundo média de vários analistas.

Nesta sexta, o renminbi, como também é conhecido, é negociado a 7,22597 por US$ 1 dólar.

Numa comparação de apenas dois meses, desde 1º de maio, a cotação era de 6,9121.

Para os grãos especificamente, o cenário até que não tem influência decisiva sobre os preços, uma vez balizados pelas cotações internacionais no mercado futuro dos Estados Unidos, como a CBOT, em Chicago, para soja, milho e trigo.

Acaba refletindo na parcimônia das importações.

Quanto às carnes, o quadro é outro. As negociações são diretas entre compradores chineses e exportadores, aí que a pressão chinesa fala mais alto.

E está no centro da contínua desvalorização das vendas de carne bovina a esse mercado, mesmo que os volumes sigam aumentando, que arrastam para baixo os números gerais de exportações dada a disparada participação chinesa.

Somente em maio os preços médios caíram 21% na comparação com maio de 2022, resultando em receita cambial 13% abaixo. No acumulado do ano, o faturamento encolheu 24%.

Junho não será diferente e deverá se confirmar quando a Secex divulgar as estatísticas na semana que vem.

Com mais de 40 anos de jornalismo, sempre em economia e mercados, já passou pelas principais redações do País, além de colaborações para mídias internacionais. Contato por e-mail: infomercadosbr@gmail.com

Publicidade

MAIS ACESSADAS