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Dexco reporta lucro líquido recorrente de R$ 94,8 mi no 3TRI23, queda de 41,8%

Empresa atua em cerâmica e metais sanitários.

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A Dexco (DXCO3) reportou lucro líquido recorrente de R$ 94,8 milhões no 3TRI23, queda de 41,8% frente aos R$ 162,8 milhões do terceiro trimestre de 2022.

De acordo com o balanço, a receita líquida consolidada recuou 18,2% no trimestre, ao marcar R$ 1,7 bilhão frente ao R$ 2,1 bilhões do terceiro trimestre de 2022.

O Ebitda ajustado recorrente, por sua vez, caiu 30,7% ao alcançar R$ 287,9 milhões no período, frente aos R$ 415,5 milhões do terceiro trimestre de 2022.

Vale lembrar que a Dexco, anteriormente Duratex, é uma empresa brasileira fundada em 1951 e controlada pela Itaúsa, que possui 40% das ações.

Dexco (DXCO3)

Ainda de acordo com o balanço, no acumulado do ano o setor de Revestimentos, conforme dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos (ANFACER), apresentou a retração de 12,2% nas vendas de revestimentos cerâmicos, a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (ABRAMAT), com redução de 2,2% do seu faturamento bruto e deflacionado, e do Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ), cujos dados de venda foram 6,8% abaixo quando comparado com o mesmo período de 2022.

Na Divisão Madeira, mesmo com seus volumes impactados em relação ao 3T22 diante de um cenário mais desafiador de mercado e dos ajustes operacionais necessários para a implantação do SAP 4/Hana no início do trimestre, a queda dos custos dos insumos commodities, principalmente os relacionados à resina, mais do que compensou estes efeitos e levou à um EBITDA Ajustado e Recorrente de R$ 285,9 milhões e margem de 24,9% no 3T23, avanço de 3,6% no montante total e de 3,9 p.p. de margem em relação ao 3T22.

Balanço

No acumulado do ano, estes efeitos, junto as oportunas vendas de madeira em pé para terceiros realizadas no 1S23, levaram ao EBITDA Ajustado e Recorrente de R$ 961,7 milhões e margem de 27,2%, 7,4% e 4,5 p.p. acima do mesmo período em 2022, respectivamente.

A Divisão de Acabamentos para a Construção, por sua vez, segue como a mais impactada diante de uma deterioração do mercado de materiais para a construção civil, conforme dados da ANFACER e ABRAMAT.

Desta forma, o cenário desafiador de mercado, junto as ações internas estruturantes com foco no médio e longo prazo, ainda influenciaram de forma relevante o resultado, em especial na Divisão de Metais e Louças, levando a um EBITDA Ajustado e Recorrente no 3T23 negativo em R$ 8,9 milhões e no 9M23 positivo em R$ 10,5 milhões.

A Divisão Revestimentos, na análise sequencial foi favorecida neste trimestre pela gestão de despesas que compensou o leve impacto em Receita Líquida advindo do reposicionamento de linhas de linhas de produtos. Desta forma, seu EBITDA Ajustado e Recorrente foi de R$ 10,9 milhões no 3T23 e R$ 16,6 milhões no acumulado do ano, ainda impactada pela retração do mercado de atuação.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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