Economia
Dilema do azeite: por que está ficando raro e caro no Brasil? Crise na Europa tem relação
Em janeiro de 2023, o azeite estava presente em 4,2% das compras no país. Dez meses depois, esse número caiu para 2,9%.
Você notou que o azeite está mais caro e raro nas prateleiras dos supermercados brasileiros? Essa mudança tem uma explicação direta: a quebra histórica na safra de azeitonas na Europa em 2023.
O impacto no Brasil
O Brasil, que depende fortemente das importações de azeite, sentiu esse impacto. Em janeiro de 2023, o azeite estava presente em 4,2% das compras no país. Dez meses depois, esse número caiu para 2,9%, conforme apontam dados da Horus Inteligência de Mercado. “Foi bem significativa a queda quando olhamos desde o início do ano”, observa Anna Carolina Fercher, diretora de insights da consultoria.
Com o azeite ficando mais caro, os consumidores estão “poupando” seu uso. Muitos preferem garrafas menores, de 250 mililitros, que são mais baratas, mas com menor custo-benefício, do que as de 1 litro. “Os [azeites] de fora aumentaram muito o preço porque não tiveram produção, e isso foi uma oportunidade para nós”, relata Luiz Eduardo Batalha, empresário gaúcho que produz azeite.
Além disso, os brasileiros estão migrando para marcas mais acessíveis e até para azeites de outros países, como Chile e Argentina. “Percebo uma migração inclusive para outras origens de azeite”, diz Camila Fernandes, supervisora de marketing da importadora Norimport.
A C-Trade, que atende principalmente restaurantes, também sente as mudanças. “O cliente para de comprar conosco, vai para outro mas depois volta, e no fim repassa para o cardápio”, afirma Mauro Clemente, diretor comercial da empresa.
A inflação do azeite
O azeite foi um dos “vilões” da inflação em 2023, com um aumento de 37,1%, embora tenha pouco peso no índice geral. Esse encarecimento está diretamente ligado às quebras de safra na Europa, principal produtor mundial.
Infelizmente, não há grandes expectativas de melhora para 2024. “Para 2024, não há grandes expectativas quanto à regularização do mercado. O alto custo e a pouca oferta internacional devem se manter pelo menos até o fim deste ano”, prevê Fernandes.

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