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Dinheiro esquecido em bancos passa de R$ 8,72 bi

Levantamento do BC.

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Até outubro de 2024, R$ 8,72 bilhões permaneciam esquecidos no sistema financeiro, de acordo com o Banco Central (BC). Desde o início do programa, em fevereiro de 2022, o Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 8,69 bilhões, de um total de R$ 17,41 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras. Em 16 de outubro, os valores não resgatados foram transferidos para o Tesouro Nacional, aguardando a publicação de novas regras para saque. Caso não sejam solicitados nos próximos 25 anos, esses recursos serão incorporados ao patrimônio da União.

Até o final de outubro, cerca de 27 milhões de beneficiários haviam resgatado seus valores, o que representa apenas 37,3% dos mais de 72 milhões incluídos no programa. Entre os resgatantes, 24,9 milhões são pessoas físicas e 2 milhões são empresas. A maior parte dos que ainda não sacaram tem direito a pequenas quantias: 63,31% possuem valores de até R$ 10, enquanto 1,86% têm direito a mais de R$ 1 mil.

Após ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi retomado em março de 2023 com novos recursos, sistema de agendamento atualizado e possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em outubro, foram resgatados R$ 401 milhões, um aumento em relação aos R$ 396 milhões do mês anterior. Esse aumento ocorreu após a aprovação de uma lei que determinou a transferência dos valores esquecidos para o Tesouro Nacional como parte do financiamento da prorrogação da desoneração da folha de pagamento até 2027. Os R$ 8,7 bilhões compõem os R$ 55 bilhões destinados ao governo para custear essa medida.

Dinheiro esquecido

Apesar da suspensão temporária dos saques, o sistema permanece disponível para consultas e implementou melhorias, como a impressão de protocolos, inclusão de novas categorias de valores e uma sala de espera virtual para agilizar os acessos. Além disso, o sistema agora permite consultas de herdeiros sobre valores de pessoas falecidas e oferece mais transparência em contas conjuntas.

Desde setembro, empresas encerradas também podem consultar valores por meio da conta Gov.br do representante legal, com termo de responsabilidade assinado. Novas fontes de recursos foram adicionadas em 2023, como contas de pagamento encerradas e tarifas cobradas indevidamente.

O BC

O BC alerta para golpes envolvendo o SVR, ressaltando que todos os serviços são gratuitos, e que o órgão não envia links nem solicita dados pessoais ou senhas. Apenas a instituição financeira indicada na consulta pode contatar os cidadãos sobre os valores disponíveis.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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