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Economia

Dinheiro guardado na poupança pode bloquear o Bolsa Família?

Acumular dinheiro não é um hábito comum do brasileiro.

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Muitas famílias que recebem o Bolsa Família têm dúvidas sobre como o acúmulo de dinheiro em suas contas pode afetar o benefício.

Afinal, é comum que os beneficiários se preocupem com a possibilidade de perder o auxílio, caso consigam economizar uma quantia significativa.

No entanto, guardar dinheiro não é uma prática comum no Brasil. É o que mostra o estudo ‘Pulso 2023’, da Ipsos.

Segundo a análise, 61% dos brasileiros não conseguem economizar para investimentos ou poupança, enquanto outros 34% fazem alguma reserva. Já 5% dos entrevistados não souberam ou não responderam.

Guardar dinheiro não é comum entre beneficiários do Bolsa Família – Foto: reprodução

Poupança pode bloquear o Bolsa Família?

A dúvida que muitos beneficiários têm é: acumular dinheiro na conta pode levar ao bloqueio do Bolsa Família?

Na prática, o acúmulo de uma quantia considerável só será motivo de bloqueio se o governo identificar que a família está recebendo uma renda superior à que a qualificaria para o programa.

O objetivo do Bolsa Família é fornecer suporte financeiro a famílias em situação de vulnerabilidade e, se for comprovado que uma família ultrapassou os limites de renda estabelecidos, o benefício pode ser revisto ou suspenso.

Ainda assim, o simples fato de ter algum dinheiro guardado na conta bancária não é suficiente para resultar em um bloqueio automático. É necessário que haja uma análise da renda total familiar e das condições de elegibilidade para o programa.

O vínculo com o Caixa Tem ou o monitoramento de contas bancárias pode ser um fator relevante apenas se houver indícios de que a renda familiar aumentou de forma significativa e a família não se enquadra mais nos critérios de vulnerabilidade.

Educação financeira é essencial

Muitas famílias beneficiárias do Bolsa Família também enfrentam desafios em termos de educação financeira, fator que é comum no Brasil.

Especialistas acreditam que sem o acesso a recursos e orientações adequadas, tais famílias encontram dificuldades em planejar e poupar.

Além disso, a falta de conhecimento sobre como gerir melhor o orçamento familiar agrava a situação, tornando mais difícil o uso do benefício de forma assertiva e inteligente.

Por isso, é importante que existam iniciativas voltadas à educação financeira, que ajudem essas famílias a aprender técnicas de poupança e a lidar com o orçamento de forma mais eficaz.

Programas de apoio poderiam auxiliar os beneficiários a administrar melhor seus recursos, permitindo que consigam criar uma reserva financeira, mesmo com as dificuldades que enfrentam.

Natália Macedo é graduada em Jornalismo, possui MBA em Comunicação e Jornalismo Digital. Mineira de Belo Horizonte, é apaixonada pelo Universo Geek e pelo mundo da música e entretenimento. Além disso, ama escrever e informar de maneira leve e democrática.

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