Dinossauro nordestino tem imagem inédita divulgada e impressiona os paleontólogos

Os dinossauros foram gigantescos répteis que habitaram o nosso planeta há milhares de anos, bem antes do surgimento dos primeiros hominídeos. Naquela época, os únicos exemplares de mamíferos eram pequenas formas de vida, que viviam se escondendo dos grandes lagartos.

Sabe aquelas cenas nos quadrinhos que mostram homens das cavernas lutando contra dinos? Pois bem, tal coisa jamais aconteceu, a nossa espécie dificilmente teria alguma chance.

Porém, você sabia que existem diversas espécies de saurópodes que possuem origem aqui no Brasil? É isso mesmo, o nosso país abrigou uma fauna bastante diversificada e, até hoje, acham fósseis destes gigantes do passado.

Dinossauro que viveu no Nordeste tem aparência reconstituída

Recentemente, uma equipe de pesquisadores reconstruiu o crânio de uma espécie que morou no Nordeste do país, há quase 115 milhões de anos e, até o momento, era motivo de mistério para os estudiosos.

Ela se chama Irritator challengeri e pertence à família dos Espinossauros. Apesar do bicho já ter sido descoberto há 30 anos, somente agora a sua aparência foi reconstituída pelos cientistas.

O resultado desse meticuloso trabalho foi publicado na revista Palaeontologia Electronica, no dia 6/05, causando bastante entusiasmo na comunidade científica, em geral.

O trabalho todo só foi possível graças a um crânio bem preservado que foi encontrado na Bacia Sedimentar do Araripe, cujas terras fazem divisa entre Ceará, Pernambuco e Piauí.

Porém, apesar disso, atualmente, o fóssil não se encontra no Brasil e sim foi mandado para o Museu Estadual de História Natural de Stuttgart, na Alemanha, já que os autores do estudo trabalham no país.

Estudos mais detalhados sobre o fóssil permitiram que os paleontólogos descobrissem que a espécie em questão possuía uma mordida fraca, mas muito rápida.

Estima-se que o saurópode media por volta de 6,5 metros de comprimento e era o maior dinossauro do bioma em que vivia sendo, portanto, considerado um predador natural.

Os dados também revelam que o espécime muito possivelmente mantinha o focinho inclinado num ângulo de 45.º, quando estava pressentindo algum perigo ou caçando comida.

Tal posição, permitia que ele caçasse presas pequenas como peixes e répteis menores com maior facilidade, alargando a sua garganta quando suas mandíbulas inferiores se abriam, espalhando-se para os lados.