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Economia

Diretor do BC diz que autoridade monetária amarrou a mão intencionalmente com o forward guidance e ele está funcionando

Orientação futura está prestando serviço que o BC gostaria que ela prestasse, disse Bruno Serra.

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O Banco Central amarrou a mão de propósito quando utilizou a orientação futura (forward guidance), ferramenta pela qual se comprometeu a não subir os juros desde que certas condições fossem satisfeitas, disse nesta quarta-feira o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra.

Em live realizada pelo jornal Valor Econômico, ele afirmou que “a gente amarrou a mão de propósito com o forward guidance”.

Serra afirmou que iniciativa veio pelo entendimento de era necessário criar mais estímulo monetário acreditando que o nível da taxa de juros na reunião do Copom de agosto, quando a Selic foi reduzida de 2,25% para 2%, não seria capaz de deixar a inflação na meta no horizonte relevante, conforme mandato da autoridade monetária.​​

“A gente precisava de instrumento adicional. E amarrar a mão faz parte da forma como o forward guidance é utilizado não só no Brasil, como em outros lugares. Foi intencional”, explicou.

Ainda que há aproximação do IPCA do centro da meta de inflação neste ano, o que é sempre desejável, acrescentou Serra, completando que a inflação para 2021 voltou a andar na direção certa, embora “ainda longe e distante do centro da meta”.

“O que a gente tem até agora é que forward guidance está prestando serviço que a gente gostaria que ele prestasse, e as cláusulas dele estão de pé: regime fiscal de pé, expectativa. Amarramos a mão de propósito com o forward guidance e ele está funcionando, diz diretor do BConga ancorada de pé”, disse ele.

“Então ele vai sair automaticamente do jogo quando as nossas projeções e expectativas de mercado se aproximarem do centro da meta no horizonte relevante”.

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