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Disputa judicial envolve herança de Tarsila do Amaral

Herdeiros de Tarsila do Amaral enfrentam divergências sobre a administração da herança da renomada pintora brasileira.

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Em uma reviravolta inesperada, a herança da icônica artista Tarsila do Amaral, que faleceu em 1973, está no centro de uma contenda jurídica. O programa Fantástico, no último domingo (13), revelou que os descendentes da pintora estão em desacordo sobre a gestão de suas valiosas obras.

Ao todo, 56 herdeiros, descendentes dos irmãos de Tarsila, têm direitos sobre a herança. A artista, que não deixou filhos vivos, destinou suas obras aos irmãos, sobrinhos e aos descendentes destes. Diante disso, a administração dos direitos e das receitas geradas por essas obras tornou-se complexa e, desde 2019, é alvo de disputas.

Um dos estopins para o conflito foi o leilão do quadro “A Lua” por US$ 20 milhões. Em 2022, os herdeiros questionaram a administração da sobrinha-neta Tarsilinha, responsável por gerir a empresa criada nos anos 2000 para supervisionar os direitos das obras da pintora.

Conflito familiar sobre Tarsila do Amaral

Disputa judicial envolve herança de Tarsila do Amaral
Uma das obras da artista Tarsila do Amaral. Imagem: Reprodução

Os herdeiros alegam irregularidades na administração conduzida por Tarsilinha, o que intensificou a disputa. Segundo Paulo Montenegro, um dos herdeiros, Tarsilinha teria realizado negociações individuais, como com uma fábrica de chocolate, sem o aval dos demais familiares.

A sobrinha-neta confirmou a existência de uma empresa que oferece serviços de consultoria, mas afirmou não haver relação com a herança em si. O conflito resultou em uma disputa judicial, com os herdeiros buscando garantir o compartilhamento equitativo dos lucros gerados pelas obras.

O impasse levou à realocação dos recursos para uma conta judicial até que o caso se resolva. Enquanto isso, os direitos sobre as obras de Tarsila do Amaral continuarão a gerar receitas para os herdeiros até 2043, quando os trabalhos entrarão em domínio público.

A questão traz à tona discussões sobre a gestão de patrimônios artísticos e a importância de processos claros e transparentes no manejo desses legados culturais. A expectativa é que o litígio encontre uma solução que respeite a vontade de Tarsila e preserve seu legado artístico.

Jornalista formado em 1999, atua no jornal OVALE, em São José dos Campos, e na TV Câmara, também na mesma cidade. Atualmente, também produz posts para o Futebol ao Vivo, no CenárioMT, e também para o Grupo Prime.

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