Dividendo extraordinário: quais petroleiras oferecem mais oportunidades?

Em meio à volatilidade do mercado internacional de petróleo, questões relevantes emergem sobre o pagamento de dividendos extraordinários por petroleiras brasileiras em 2025. A pressão nas cotações, impulsionada por conflitos geopolíticos, trouxe preocupações para investidores e analistas do setor.

Desde a guerra comercial iniciada pelos Estados Unidos em abril, os preços do petróleo enfrentaram oscilações significativas.

A possibilidade de fechamento do Estreito de Ormuz, responsável por cerca de 20% do comércio mundial de petróleo, contribuiu para essa volatilidade, afetando as expectativas sobre dividendos.

Projeções divergentes para o petróleo em 2025

Durante junho, o preço do petróleo chegou a ultrapassar US$ 75, mas recuou após o cessar-fogo no Oriente Médio, fechando o mês em US$ 67,61. Analistas que esperavam resultados positivos das petroleiras agora enfrentam uma reavaliação.

A Petrobras, por exemplo, viu sua variação acumulada em 2025 cair cerca de 9%.

Previsões de instituições financeiras

As expectativas para o preço do barril Brent em 2025 variam consideravelmente. A Ágora Investimentos e a Terra Investimentos projetam um valor entre US$ 65 e US$ 72.

Em contrapartida, a Ativa Investimentos e a Genial advertem que o preço pode cair para abaixo de US$ 65, na ausência de novos conflitos geopolíticos.

Cenários traçados pela Allianz Research

• Cenário-base: o petróleo permanece em torno de US$ 68, com 65% de probabilidade.
• Cenário otimista: preço cai para US$ 66, com 20% de chance.
• Cenário pessimista: preço sobe até 60%, chegando a US$ 120, com 10% de probabilidade.

Possibilidades de dividendos extraordinários

A Petrobras, com custo de produção de US$ 35 por barril, é considerada a única com potencial para pagar dividendos extraordinários em 2025. Especialistas indicam que essa possibilidade depende de o preço do barril se manter acima de US$ 65.

Para a Petrorecôncavo, a expectativa é modesta. Embora alguns analistas vejam espaço para dividendos adicionais, outros destacam a necessidade de investimentos em expansão, o que pode limitar essa distribuição.

Petroleiras menores e o cenário de dividendos

Para empresas menores, como Brava e Prio, a distribuição de dividendos extraordinários é improvável. Elas focam no crescimento e valorização das ações.

A Brava, por exemplo, precisaria aumentar sua produção consistentemente para pagar dividendos extraordinários, enquanto a Prio projeta um _dividend yield_ regular de até 5% nos próximos 12 meses.

Assim, a perspectiva para dividendos extraordinários em 2025 é mais promissora para grandes petroleiras como a Petrobras, especialmente se o cenário geopolítico se estabilizar e os preços do petróleo se mantiverem favoráveis.