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Dólar reverte perdas contra o real com deterioração externa e noticiário doméstico pesando

Às 15h23 (de Brasília), o dólar à vista avançava 0,38%, a 5,3390 reais na venda.

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O dólar virou o jogo e voltou a operar em alta contra o real no pregão desta sexta-feira, após queda de mais de 1% no início da sessão, refletindo nova piora nos mercados externos em meio a um cenário de indefinições domésticas que sustentavam a busca por segurança.

Às 15h23 (de Brasília), a moeda norte-americana à vista avançava 0,38%, para 5,3390 reais na venda. Se continuar nesse caminho, o dólar deve encerrar a semana com valorização de cerca de 0,6%.

Na máxima, alcançada no meio da tarde, a divisa subiu 0,57%, a 5,3501 reais, enquanto na mínima chegou a tocar queda de 1,13%, a 5,26 reais.

Com um ambiente externo mais positivo nesta manhã, o dólar chegou a recuar após comentário feito na véspera pelo presidente de que o valor da moeda norte-americana está alto e de que não vai interferir no mercado para reduzir o preço do arroz. O preço produto teve salto acentuado, entre outros motivos, pelo aumento nas exportações estimulada pelo câmbio mais baixo.

Mesmo com o real mostrando mais fraqueza do que alguns de seus pares neste pregão, como peso mexicano e rand sul-africano, os gráficos de taxas de câmbio apontavam que o dólar estava se fortalecendo contra várias moedas ao longo da sessão.

Já os índices de Wall Street ainda sofriam com a baixa das ações de tecnologia após um rali de meses. O preço dos títulos soberanos dos EUA com vencimento em dez anos, considerados o ativo mais seguro do mundo, tinha alta com consequente queda nas taxas de retorno. Esse é um sinal da demanda dos agentes financeiros por proteção.

No Brasil, a decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento pessoalmente no âmbito do inquérito que aponta suposta interferência dele na Polícia Federal atraía a atenção dos investidores.

O STF informou nesta sexta-feira que o pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para que Bolsonaro fosse interrogado por escrito foi negado.

A impressão é que as questões de fora do âmbito econômico têm ofuscado e pode prejudicar a discussão sobre a agenda de reformas.

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