Dona do Facebook reporta lucro robusto no 4TRI24; veja

As ações da Meta, dona do Facebook, tiveram uma leve alta no pregão do dia 29, após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024, que superaram as projeções do mercado. A empresa registrou lucro por ação de US$ 8,02, acima dos US$ 6,77 esperados por analistas consultados pela LSEG. A receita também ficou acima do previsto, atingindo US$ 48,39 bilhões ante os US$ 47,04 bilhões projetados.

O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que 2025 pode redefinir a relação da empresa com governos globais. “Agora temos uma administração dos EUA que se orgulha de nossas empresas líderes, prioriza a tecnologia americana vencedora e que defenderá nossos valores e interesses no exterior”, disse ele a investidores durante a conferência de resultados.

O crescimento nas vendas do quarto trimestre foi de 21% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido subiu 49%, totalizando US$ 20,8 bilhões frente aos US$ 14 bilhões do mesmo período de 2023. Para o primeiro trimestre de 2025, a Meta projeta uma receita entre US$ 39,5 bilhões e US$ 41,8 bilhões, um intervalo ligeiramente abaixo da média das estimativas do mercado, de US$ 41,73 bilhões.

Dona do Facebook

A empresa também destacou o avanço do Meta AI, seu chatbot de inteligência artificial, que atingiu 700 milhões de usuários ativos mensais, um crescimento em relação aos 600 milhões registrados em dezembro. Zuckerberg projeta que esse número pode chegar a um bilhão ainda este ano. “Quando um serviço atinge essa escala, ele geralmente desenvolve uma vantagem de longo prazo”, destacou o CEO.

Zuckerberg abordou o surgimento do DeepSeek, um modelo de linguagem desenvolvido por um laboratório chinês que supostamente exige menos investimentos e poder computacional para seu treinamento. O anúncio do DeepSeek impactou o setor de tecnologia nesta semana, derrubando as ações da Nvidia em 17% na segunda-feira, diante da possibilidade de menor demanda por processadores gráficos de alto desempenho. No entanto, as ações da Meta subiram quase 2%, refletindo a expectativa de que modelos mais eficientes possam reduzir os custos com IA.

Apesar disso, Zuckerberg minimizou a possibilidade de cortes imediatos nos investimentos da Meta em infraestrutura para IA. “Provavelmente é muito cedo para avaliar o impacto na nossa trajetória de infraestrutura e CapEx”, disse. A empresa anunciou planos de investir entre US$ 60 bilhões e US$ 65 bilhões neste ano e projeta despesas totais entre US$ 114 bilhões e US$ 119 bilhões para 2025.

Avanços

Zuckerberg ressaltou que avanços como os do DeepSeek podem eventualmente ser incorporados aos projetos da Meta. “Isso faz parte da dinâmica do setor, independentemente de ser um concorrente chinês ou não”, comentou. Ele também destacou que, apesar da possibilidade de reduzir os recursos necessários para treinar modelos de IA, a demanda por poder computacional continuará alta para a execução desses sistemas em larga escala.

Com 3,35 bilhões de usuários ativos diários no quarto trimestre, a Meta segue apostando no desenvolvimento de modelos próprios de IA, como a família Llama, que são oferecidos em formato de código aberto para impulsionar o setor. “Haverá um padrão de código aberto globalmente, e para nossa própria vantagem nacional, é importante que seja um padrão americano”, concluiu Zuckerberg.

(Com Agências Internacionais).