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Economia

Dúvidas do Pix: Posso desistir da compra e alguém é capaz de acessar minha chave?

Sistema de pagamentos instantâneos será lançado em novembro pelo Banco Central. Pix promete simplificar transações financeiras.

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O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil (BC), será lançado em 16 de novembro. Algumas instituições estão liberando o pré-cadastro das chaves dessa nova forma de pagamento que pretende simplificar o sistema financeiro. 

No entanto, muitas dúvidas têm surgido no meio do caminho. Para o CEO da Matera, Carlos Netto, a mesma atenção necessária a outras formas de pagamento é exigida nas transferências via Pix. “Ao pagar o boleto, é preciso checar se os dados do recebedor estão corretos. Com o PIX é a mesma coisa. Vai haver uma checagem dos dados do recebedor antes da transação ser concluída”, disse. “Se for um falso e-commerce, a pessoa vai pagar e não vai receber. Esse risco já existe hoje, por isso é preciso ter cuidado com o local em que se compra”, acrescentou.

O mesmo vale para as desistências nas compras, de acordo com a gerente de operações da Rebel, Nayra Bruno. “Hoje, se você paga com cartão ou boleto, não dá para cancelar a compra sozinho. Tem que negociar com a loja. Com o PIX vai ser a mesma coisa”, alega. O BC informa que o cancelamento só pode ser efetuado antes da confirmação do pagamento. Por conta da liquidação do Pix acontecer em tempo real, questão de segundos, a operação não pode ser cancelada. “No entanto, é possível negociar com o recebedor a devolução do valor pago. A devolução é uma funcionalidade disponível no PIX”, esclarece a instituição financeira.

Outra grande questão é se alguém é capaz de acessar a chave do Pix para pegar o seu dinheiro. Porém, a chave é somente a identificação do recebedor. “A chave é só para receber. Já vi várias pessoas preocupadas em proteger a chave com medo de alguém roubasse dinheiro da conta delas. Não é assim que funciona no PIX. A chave é uma forma de mandar dinheiro para você, não para sacar”, argumenta Nayra. 

Ademais, o BC alega que não tem como alguém usar a chave para se passar por outro pagador. “Pode acontecer do recebedor receber um dinheiro inesperado, caso o pagador use o e-mail ou número do celular por engano. Mas o pagador precisa usar métodos de autenticação que já usa hoje na sua conta corrente (senha, biometria)”, finalizou.

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