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É o fim? Conheça a empresa que durou um século e agora declara falência
Empreendimento centenário chega à falência e o cenário geral é preocupante.
O nicho editorial e livreiro já enfrenta dificuldades há algumas décadas, principalmente por conta dos avanços tecnológicos e da mudança de hábitos do público leitor. Agora, é mais comum que as pessoas prefiram adquirir os famosos e-books, ou seja, livros digitais, em detrimento dos produtos físicos.
Além disso, companhias multinacionais, como a Amazon, tornaram a concorrência ainda mais difícil, uma vez que conseguem oferecer itens a custos mais baixos para o público. Consequentemente, a cada dia que passa, mais livrarias encerram suas atividades, algumas com muitos anos de existência.
No último dia 04/10 (quarta-feira), um dos nomes mais conhecidos nesse mercado, a Saraiva, protocolou um pedido de falência na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo.
Inclusive, a companhia aproveitou a repercussão do fato para anunciar que a RSM não fornece mais serviços de auditoria independente para ela. Ao final do último mês, a organização já havia demitido uma grande parcela de colaboradores e encerrado todas as suas operações físicas, passando a operar 100% por e-commerce.
Uma situação bastante preocupante
Em setembro, o então presidente da instituição, Jorge Saraiva Neto, renunciou ao seu cargo à frente da empresa, seguido por Oscar Pessoa Filho, que também abandonou sua função de diretor vice-presidente. Como já foi mencionado anteriormente, a crise no mercado editorial dos últimos tempos prejudicou significativamente as atividades da Saraiva.
Ao final de 2018, o empreendimento já havia dado entrada em um pedido de recuperação judicial, ostentando um endividamento acumulado de mais de R$ 670 milhões na época do ocorrido. Inclusive, a notícia gerou bastante preocupação, uma vez que a organização possui mais de 100 anos de história, sendo uma das mais antigas do ramo.
Inclusive, ela começou como uma modesta livraria que vendia livros usados em São Paulo, tendo sido fundada pelo imigrante português Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva. Posteriormente, a loja se especializou na venda de livros jurídicos, o que contribuiu para a sua ascensão nos anos seguintes.
Um caso semelhante é o da Livraria Cultura, outra companhia do mesmo ramo que está em uma batalha para se manter funcionando, mesmo tendo tido a falência decretada pelo judiciário. Vale lembrar que a medida foi revertida logo depois, mas ainda há muitas dívidas a serem quitadas.
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