Economia
Economia cresce 0,9% no 3TRI24 impulsionada por serviços e indústria
Levantamento do IBGE.
A economia brasileira registrou crescimento de 0,9% no terceiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, conforme dados divulgados pelo IBGE dia 3. Este é o 13º trimestre consecutivo de alta. Em valores correntes, o Produto Interno Bruto (PIB) alcançou R$ 3 trilhões, refletindo uma expansão anual de 4%. No acumulado dos últimos quatro trimestres, o crescimento foi de 3,1%.
Setores de serviços e indústria lideraram o avanço, com altas de 0,9% e 0,6%, respectivamente, enquanto a agropecuária recuou 0,9%. Apesar do desempenho positivo, o crescimento trimestral foi inferior ao registrado entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano (1,4%).
Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, atribuiu o resultado ao mercado de trabalho aquecido e à política de transferência de renda, que sustentam o consumo. Segundo ela, a desaceleração não reflete o aumento da taxa básica de juros (de 10,5% para 10,75% ao ano em setembro), cujos efeitos ainda não se manifestaram de forma significativa.
Economia: setores
O setor de serviços, responsável pela maior parcela do PIB, teve destaque em atividades como informação e comunicação (+2,1%), serviços financeiros (+1,5%) e comércio (+0,8%). Já na indústria, o crescimento foi puxado pelas indústrias de transformação (+1,3%), embora segmentos como construção (-1,7%) e energia (-1,4%) tenham registrado quedas.
O consumo das famílias avançou 1,5% no trimestre, enquanto os investimentos (formação bruta de capital fixo) cresceram 2,1%, marcando a quarta alta consecutiva e elevando a taxa de investimento para 17,6% do PIB.
Na comparação com o terceiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 4%, com destaque para os serviços (+4,1%) e a indústria (+3,6%). A agropecuária, no entanto, caiu 0,8%, impactada por problemas climáticos que prejudicaram safras como milho e laranja.
Entidades empresariais, como Fiesp, Firjan e Febraban, destacaram o papel da demanda doméstica e do mercado de trabalho na sustentação do crescimento. Entretanto, alertaram para desafios à frente. Segundo a Firjan, a taxa de investimento, embora em alta, ainda está abaixo da média de países emergentes (32%).
Febraban
A Febraban ressaltou a necessidade de um plano fiscal consistente para evitar que o Banco Central eleve ainda mais os juros, o que poderia comprometer o ritmo de crescimento e os investimentos. “É essencial criar condições para que o crescimento sustentável da economia seja mantido”, afirmou Isaac Sidney, presidente da entidade.
Enquanto o Brasil celebra os avanços recentes, o cenário aponta para desafios em 2025, como um ambiente fiscal mais apertado, condições externas desfavoráveis e possíveis pressões inflacionárias.
(Com Agência Brasil).
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