Economia
Economia do Japão cresce em ritmo recorde no 3º trimestre após recessão na pandemia
Recuperação se deve principalmente ao aumento recorde de 4,7% no consumo privado, com as famílias aumentando os gastos em carros, lazer e restaurantes.
A economia do Japão avançou no ritmo mais rápido já registrado no terceiro trimestre, mostrando uma forte recuperação da maior queda pós-guerra, conforme a melhora das exportações e do consumo ajudaram o país a emergir da crise provocado pela pandemia de coronavírus.
Entretanto, analistas ressaltam que a retomada é pontual diante do ápice da recessão e alertaram que qualquer outra recuperação na economia será moderada, uma vez que o ressurgimento das infecções prejudica as perspectivas para os próximos meses.
Segundo dados do governo divulgados nesta segunda-feira, a terceira maior economia do mundo expandiu a uma taxa anualizada de 21,4% entre julho e setembro, superando a expectativa do mercado de 18,9% e marcando o primeiro aumento em quatro trimestres.
Este é o maior aumento registrado desde que dados comparáveis foram disponibilizados em 1980 e seguiu-se à queda de 28,8% no segundo trimestre, quando o consumo foi afetado pelo lockdown para impedir a disseminação do vírus.
“O crescimento forte entre julho e setembro foi provavelmente uma recuperação pontual de uma contração extraordinária causada pelas medidas de lockdown”, afirmou Yoshiki Shinke, economista-chefe do Dai-ichi Life Research Institute.
“A economia pode não cair do precipício. Mas dada a incerteza sobre a perspectiva, eu preferiria a cautela em termos de ritmo de qualquer recuperação”, acrescentou.
A recuperação se deve principalmente ao aumento recorde de 4,7% no consumo privado, com as famílias aumentando os gastos em carros, lazer e restaurantes, declarou uma autoridade do governo em entrevista.
De acordo com os dados divulgados, a demanda externa acrescentou 2,9 pontos percentuais ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com as exportações aumentando 7,0%.
Por outro lado, os gastos de capital caíram 3,4%, encolhendo pelo segundo trimestre seguido em um sinal preocupante para as autoridades, que esperam revitalizar a economia com gastos do setor privado.
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