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Educação financeira: por que é vital nas escolas?

Saber lidar com o dinheiro é fundamental, e especialistas afirmam que a educação financeira pode preparar melhor os pequenos para o futuro.

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Educação financeira: área de ensino deve retornar ao cotidiano das crianças e jovens

Esse assunto ganhou bastante repercussão nos últimos tempos, ainda mais depois do período da pandemia, que foi quando muitas pessoas experimentaram dificuldades monetárias mais elevadas do que o normal. Devido a isso, levantou-se a necessidade de passar conhecimentos sobre educação financeira aos jovens mais precocemente.

Assim, outro fato que reacendeu a chama deste debate foi o recente escândalo envolvendo a atriz Larissa Manoela, que, após alcançar a maioridade, resolveu tomar as rédeas das suas finanças, o que não agradou muito os seus genitores.

A famosa, que já trabalha na mídia desde a infância, viralizou na web após transferir o patrimônio acumulado em 18 anos de carreira para os pais. A quantia estimada é de R$ 18 milhões, sendo fruto de quase duas décadas de ganhos.

Em uma reportagem veiculada no dia 13/08 (domingo), no programa Fantástico, transmitido pela Rede Globo, foi mostrado um áudio da jovem pedindo dinheiro para comprar um simples lanche na praia, o que gerou bastante indignação no público.

“Aí, pai. Você consegue fazer uma transferência para minha conta pra eu pagar um milho, um sorvete, um mate aqui na praia, por favor?”, dizia ela, na gravação.

Logo, casos como esse deixam uma pergunta no ar: Será que incluir matérias referentes a saberes financeiros na grade curricular das instituições de ensino colaborará para formar pessoas mais conscientes e capazes de cuidar de suas finanças na vida adulta?

Educação financeira, hoje, pode prevenir problemas no amanhã

Segundo Aline Soaper, educadora financeira, a relação de Larissa com sua família seria bem diferente se ela conseguisse gerir seus ganhos de forma mais independente, por meio de conhecimento especializado adquirido de forma prévia.

“Além de alfabetização financeira, crianças e adolescentes que exercem atividades remuneradas, desde que devidamente autorizadas pela lei, devem receber instruções sobre contratos, saber o quanto estão recebendo pelo trabalho realizado e proporcionalmente à sua maturidade, para poder decidir o que fazer com esse dinheiro.”

Ela destaca que, além dos pais, a instituição escolar desempenha um papel de importância na autonomia entre os jovens, integrando de maneira eficiente a educação financeira no ambiente de aprendizado.

Para ela, se Larissa Manoela tivesse tido a oportunidade de participar de aulas de instrução financeira durante na infância, a história poderia ter sido diferente. de acordo com Aline:

“Isso poderia resultar em um impacto reduzido quando o tema se tornasse objeto de diálogos abertos e decisões colaborativas, ao invés de se restringir a escolhas tomadas somente pelos pais em relação aos frutos do trabalho de uma atriz que iniciou sua trajetória na infância, mas que hoje é uma adulta com capacidade para gerir independentemente seus recursos financeiros.”

A profissional afirma que a escola representa um papel fundamental no desenvolvimento da autonomia das crianças e adolescentes, de modo que o ambiente de aprendizado possibilitaria um cenário ideal para a implementação de matérias sobre o referido tema.

Então, problemas como os enfrentados pela celebridade poderiam ser evitados caso a própria pessoa houvesse recebido a devida instrução sobre como lidar com seu próprio dinheiro, ainda durante o período da infância. Logo, a educadora crê que excelentes resultados podem ser obtidos por aqueles que aprendem isso cedo.

“No curto prazo, as crianças se tornam mais conscientes no uso do dinheiro, compreendem melhor a importância de cuidar dos recursos que possuem, como brinquedos e roupas, aprendem a economizar energia e reduzem os pedidos para comprar tudo o que desejam.”

E complementa:

“A médio prazo, essa criança aprende a poupar e se interessa em aprender a gerir o dinheiro e no longo prazo será um adulto muito mais saudável financeiramente.”

Por fim, Aline ainda pontua que, em processos como este, o dever das escolas seria o de preparar seus alunos para os percalços que terão durante a sua vida no tratamento de valores monetários e a gestão inteligente desses recursos.

Bruna Machado, responsável pelas publicações produzidas pela empresa Trezeme Digital. Na Trezeme Digital, entendemos a importância de uma comunicação eficaz. Sabemos que cada palavra importa e, por isso, nos esforçamos para oferecer conteúdo que seja relevante, envolvente e personalizado para atender às suas necessidades. Contato: bruna.trezeme@gmail.com

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