Mercado de Trabalho
Efeito dominó: Parceria com Shein causa demissão em massa em empresa têxtil
O surgimento de novas tecnologias e meios de produção é bastante benéfico para a humanidade, pois os avanços possibilitam mais conforto, barateamento de itens e desenvolvimento sustentável. Porém, também há um lado um tanto “perverso” que muitas vezes não é lembrado pela maioria das pessoas.
Infelizmente, por vezes, diversos empregos acabam sendo perdidos durante esse tipo de processo de transição, e foi o que aconteceu em uma unidade de produção têxtil localizada em Blumenau (SC), chamada Companhia de Tecidos Norte de Minas – a Coteminas.
Entendendo o ocorrido na Coteminas de Santa Catarina
A Companhia firmou uma parceria com a famosa varejista chinesa Shein, e o que seria um motivo de comemoração tornou-se razão de desespero para uma grande quantidade de colaboradores da empresa.
Após fechar negócio com a multinacional asiática, a diretoria da fabricante enviou uma nota ao Sintrafite-SC (Sindicato dos Trabalhadores Têxteis) na última sexta-feira, 30/06, avisando que demissões em larga escala vão ocorrer ainda no mês de julho.
Por sua vez, de acordo com a diretoria da organização, o documento fala sobre 841 desligamentos, mas em uma reunião posterior os patrões informaram que as demissões de 700 pessoas se iniciariam logo na próxima semana.
Além disso, a Coteminas ainda informa que as rescisões de contrato seriam parceladas em 15 vezes e que as dispensas precisariam ser ainda em julho para que as operações pudessem continuar sem interrupções.
Lembrando que todas as normas e regras que definem as rescisões contratuais de trabalhadores que atuam com carteira assinada estão definidas nos artigos 477 a 491 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Até o momento, diversos veículos de imprensa tentaram contato com a referida empresa para saber mais detalhes sobre as motivações dos tantos afastamentos feitos de uma só vez, mas nenhum obteve sucesso.
Entretanto, não há garantias de que outros empreendimentos do ramo seguirão pelo mesmo caminho. Além disso, a Shein comprometeu-se com o Governo Federal a nacionalizar 85% das suas vendas aqui no Brasil, durante uma reunião com o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Ou seja, a maioria dos itens comercializados pela varejista serão totalmente produzidos em território nacional, gerando assim mais empregos, oportunidades e desenvolvimento para o povo brasileiro. Então, podemos dizer que existe um futuro promissor logo à frente.
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