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Embraer será indenizada pela Boeing

Fabricante brasileira de aeronaves.

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Prejuízo na EMBR3

A Corte Arbitral de Nova York determinou que a Boeing deve pagar US$ 150 milhões (equivalente a R$ 833 milhões no câmbio atual) à Embraer (EMBR3) devido ao cancelamento da compra da divisão de aviação comercial da empresa brasileira. O valor é uma compensação pelas perdas sofridas pela Embraer após o rompimento unilateral do acordo pela fabricante americana.

A Embraer divulgou a decisão em um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) encerrando uma disputa de quatro anos entre as duas companhias. O acordo original, firmado em 2017, previa que a Boeing assumiria 80% da divisão comercial da Embraer, mantendo os 20% restantes sob controle brasileiro, enquanto as divisões de defesa e aviação executiva permaneciam com a Embraer.

Inicialmente, o negócio foi avaliado em US$ 4,2 bilhões, o que hoje corresponderia a cerca de US$ 5,2 bilhões (R$ 29 bilhões). Após a desistência da Boeing, a Embraer buscou compensações pelos investimentos realizados para preparar a transação. A estimativa mais recente da empresa brasileira apontava perdas de aproximadamente R$ 980 milhões com o cancelamento.

A decisão arbitral em Nova York, onde são tratadas disputas internacionais dessa natureza, é sigilosa, então não se sabe se a Embraer solicitou um valor específico. A Boeing, por sua vez, alegou que o rompimento não violou nenhuma cláusula que previsse multa, exceto no caso de falta de aprovações regulatórias, o que não ocorreu, já que faltava apenas a autorização da União Europeia quando a Boeing optou por desistir da fusão.

Embraer (EMBR3)

A Embraer apresentará suas inovações e soluções em Aviação Comercial, Defesa e Aviação Executiva na primeira edição do Bali Air Show, que ocorrerá de 18 a 21 de setembro no Aeroporto Internacional Ngurah Rai. No estande da empresa (B11, Hall B), estarão expostos modelos em escala de suas aeronaves mais avançadas, como a família de jatos narrowbody E2 e o jato militar multimissão C-390 Millennium.

A Embraer já tem uma presença significativa na Indonésia, com a Força Aérea local operando uma frota de A-29 Super Tucanos e uma considerável quantidade de jatos executivos da empresa também em operação no país. Além disso, a PT Wira Jasa Angkasa (WJA) é o centro de serviços autorizado da Embraer Aviação Executiva na Indonésia.

A família de jatos E2, composta pelos modelos E190-E2 e E195-E2, acomoda até 114 e 146 passageiros, respectivamente, e é reconhecida por sua eficiência de combustível e baixo nível de ruído. Esses jatos, que oferecem uma autonomia de voo de mais de seis horas, permitem a conexão de novas rotas, tanto de curta quanto de longa distância. Um exemplo dessa conectividade é a companhia Scoot, subsidiária da Singapore Airlines, que iniciará, a partir de 28 de setembro de 2024, voos entre Singapura e o Aeroporto Internacional de Kertajati (KJT) utilizando o E190-E2.

O C-390 Millennium destaca-se por sua capacidade de transportar até 26 toneladas de carga, maior do que outras aeronaves de transporte militar de médio porte, além de ser mais rápido (470 nós) e possuir maior alcance. Ele é capaz de realizar uma ampla gama de missões, como transporte e lançamento de carga e tropas, evacuação médica, busca e resgate, combate a incêndios e missões humanitárias, operando até mesmo em pistas temporárias ou não pavimentadas. A versão KC-390, equipada com sistema de reabastecimento em voo, pode atuar tanto como tanque quanto como receptor, permitindo receber combustível de outro KC-390.

A frota atual de C-390, operada pela Força Aérea Brasileira e pela Força Aérea Portuguesa, já acumula mais de 14.000 horas de voo, com uma taxa de disponibilidade de missão de 93% e conclusão de missão superior a 99%, demonstrando sua alta produtividade e confiabilidade.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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