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Mercado de Trabalho

Empresas criam estratégia para forçar demissão de funcionários

Dados mostram a prática se tornando cada vez mais comum no meio corporativo.

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A cada dia, o mundo corporativo passa por mudanças, seja para acompanhar os novos perfis de trabalhadores, sazonalidades ou mesmo tecnologia. No entanto, um fenômeno tem ganhado destaque nesse cenário: o ‘Quiet Cutting’, em português, ‘corte silencioso’.

Trata-se de uma estratégia que empresas adotam para forçar trabalhadores a pedirem demissão, evitando assim os custos associados à demissão formal e, ao mesmo tempo, preservando a reputação da organização.

A prática curiosa surge em resposta a outras tendências recentes no ambiente de trabalho, como o ‘Quiet Quitting‘, ou ‘demissão silenciosa’, e o ‘Quiet Ambition’, ‘ambição silenciosa’. Todos refletem diferentes abordagens dos funcionários em relação ao ambiente corporativo.

O ‘Quiet Quitting’ envolve funcionários que cumprem apenas o mínimo exigido em seus cargos. O ‘Quiet Ambition’ representa aqueles que buscam crescer de forma discreta, sem alarde.

Assim, o ‘Quiet Cutting’ é uma medida proativa das empresas para lidar com essas atitudes, geralmente de maneira menos ética.

Empresa tem dado ‘gelo’ nos funcionários para forçar demissão – Foto: Canva Pro/reprodução

Táticas do ‘Quiet Cutting’

O ‘Quiet Cutting’ engloba uma série de táticas corporativas que, na prática, tornam o ambiente de trabalho insustentável para o funcionário, a fim de forçar que ele se demita.

Transferência de setor

As empresas têm transferido o funcionário para setores em que ele não tenha familiaridade, gerando desconforto nas atividades.

Aumento da carga de trabalho

Essa tática explora o funcionário ao exigir mais trabalho sem a devida compensação financeira, aumentando o estresse e o descontentamento.

Redução drástica de responsabilidades

Retirar responsabilidades importantes de um funcionário pode desmotivá-lo, fazendo com que ele se sinta desvalorizado e desnecessário.

Atitude pode ter consequências

As consequências dessas práticas variam conforme o contexto e a legislação local. Em alguns países, uma baixa taxa de demissão pode ser vista positivamente, contribuindo para a boa reputação da empresa. Porém, o ‘Quiet Cutting’ pode enfrentar sérias barreiras legais, dependendo das jurisdições.

Por aqui, a legislação trabalhista é rigorosa em relação ao rebaixamento direto de cargos e outras práticas que possam ser consideradas abusivas ou discriminatórias.

Qualquer tentativa de forçar um funcionário a pedir demissão pode resultar em processos judiciais por assédio moral ou práticas abusivas.

‘Quiet Cutting’ já é realidade

Pesquisas recentes indicam que o ‘Quiet Cutting’ está mais presente do que se imagina. Uma análise conduzida pela Monster revelou que cerca de 58% dos funcionários nos EUA afirmaram ter sido afetados por essa prática, enquanto 77% relataram ter observado colegas passando por essa situação.

Tais números sugerem que o ‘Quiet Cutting’ está longe de ser um fenômeno isolado e está se tornando uma tática comum em diversas empresas.

Natália Macedo é graduada em Jornalismo, possui MBA em Comunicação e Jornalismo Digital. Mineira de Belo Horizonte, é apaixonada pelo Universo Geek e pelo mundo da música e entretenimento. Além disso, ama escrever e informar de maneira leve e democrática.

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